Literalmente madruguei, já que, fui dormir como se diz no popular, “com as galinhas”.
E porque o fui, se não levada pela necessidade urgente de fazer calar a mente, apaziguando a alma que dolorida, pedia socorro, fazendo da mente, linguagem aflita, beirando a loucura.
Bendito sono que me pegou de assalto, salvando a mim e a harmonia que tanto cuido, levando-me a uma esfera intensiva de tratamento, onde o simples desligar das atenções, fez repousar neurônios.
E ao acordar nesta madrugada silenciosa, onde somente os grilos, protagonizam no jardim, sinto ainda os resquícios de um quase surto emocional, frente às variadas esferas sociais que de tanto reconhece-las e não as aceitar, mas ainda assim, ter que com elas conviver, quase enlouqueci.
De tempos em tempos, minha alma pede socorro, buscando o silêncio onde possa repousar, buscando os aromas, onde possa respirar, buscando as cores, onde possa se inspirar para mais adiante, voltar a conviver.
Quase impossível atender a alma, se a mente surtada não interviesse, fazendo calar a boca, ensurdecendo os ouvidos, provocando pausas para um bendito descanso.
E da pausa, nasce a poesia...
E da poesia, nasce o encontro do lúdico com o real que aquieta a alma, apazigua a mente, favorecendo o relaxamento do corpo.
E se neste acordar, mortais sinto meu corpo e mente, ontem ao adormecer, fui tão somente, alma imortal.
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