Neste amanhecer acordei pensando que de repente, cada pessoa se sente o centro do mundo, na medida em que precisa desenvolver logo que nasce os sentidos para obter compensações, afinal, com o recurso do choro, a fome é saciada e a dor socorrida.
Penso que o mesmo recurso é usado ao longo da vida com mais ou menos potencialidade, ressaltando o que chamamos de egocentrismo.
De repente, a pessoa percebe-se o centro do mundo, atraindo com suas posturas e algum tipo de poder, uma gama considerável de outras que a tratam, como uma estrela especial em meio a uma constelação.
Nem sei porque exatamente, comecei a escrever sobre este tema, talvez, porque minha mente sempre voltada às semelhanças dos comportamentos humanos, lamente a falta de incentivo ao cultivo do belo, nobre e justo, deixando a humanidade como barco à deriva, num oceano sem fim de improbidades de todas as naturezas, ficando o mal sem limites a dominar mentes e almas, num pot-pourri de distorções.
Tenho a sensação de que nada ou quase nada é confiável e esta impressão é contagiante, criando por todo o tempo, um lodo invisível, mas absolutamente sentido que afasta e corrompe, toda e qualquer relação, afinal, nada mais parece confiável, tirando de cada criatura a mínima sensibilidade, quanto as avaliações mais elaboradas, oriundas da própria experiência.
Ou seja; por pressa, ignorância ou insensatez, coloca-se todos num único balaio, criando-se critérios e avaliações lineares, sem maiores considerações individuais.
E se me sinto o centro do mundo, aí mesmo é que não faço distinção entre o “joio e o trigo”, afinal, todos estão a meu serviço.
E assim...
A mágoa, a frustração se apresentam, mantendo um círculo ininterrupto de desconfiança e dor, flagelo das sociedades humanas desde sempre, mas que de tempos em tempos, se apresenta mais agravada.
Lamentável...
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