Estive pensando, que jamais saberei amar se não puder ser inteiramente verdadeira, enquanto deixava cair nesta manhã sobre o meu corpo as águas geladinhas do meu chuveirão, despertando-me para mais um delicioso dia de vida e liberdade.
Afinal, nesta minha cabecinha de esquisita existencial, não há lugar para disfarces, meias palavras, conveniências, tempo ideal, ou seja, lá o que for, para não ser amorosamente íntegra nas minas atitudes, pensamentos e intenções.
Todavia, reconheço que as pessoas, alvos deste sentimento único e responsável pelo tudo de bom que se pode sentir, preferem ser aduladas, mimadas, toleradas e na maioria das vezes enganadas, e para tanto, só encontro uma explicação para este negacionismo, que é a vaidade em se sentir poderosa, dominante e excepcional ou apenas um impotente, um incapaz.
Que coisa, viu!!!
Quando não conseguimos dominar a nossa abusada vaidade, vamos perdendo gradativamente a capacidade em ler as mensagens corporais, os sorrisos e principalmente os olhos de quem nos ouve, e que falam mais que mil palavras.
Esse aprendizado básico na comunicação interpessoal, agradeço a inesquecível e querida tia Hilda Roxo que, pacientemente explicava-me os movimentos cósmicos e terrenos, comparando-os as expressões humanas.
Levou-me a reconhecer, independentemente dos olhos, as benditas vibrações energéticas que, chegam bem antes de qualquer matéria viva.
Mostrou-me também a importância das intuições que nada mais são, que sinais de alerta, quanto a imaterialidade que se expressa através das vibrações.
Isso me foi fantástico, pois, ensinou-me a bendita arte da observação sensitiva, ajudando-me enormemente ao longo da vida a compreender mais amorosamente, ações e reações com as quais, precisei vivenciar ao longo da vida, evitando-me situações pessoais de proporções inimagináveis.
Hoje, bem vivida, posso avaliar o quanto, amei por que desejei amar, insisti em relações, justo por que delas colhia os nutrientes dos quais eu me nutria, afastei-me sempre que percebi ser necessário e pude e posso querer ou não, alimentar minhas fantasias.
Porque sem fantasias, utopias e delírios, deixamos de ser, seres do Divino para tão somente, vampirarmos em searas ressequidas das mesmices, afinal, o sentimento amoroso é de quem o sente e, portanto, precisa ser integral, pois só assim, se reflete em nós, fazendo a mente, os olhos e o corpo, falarem realisticamente, antes da nossa boca, safadinha e interesseira que , geralmente, opta pelo conveniente, não porque é sábia e respeitosa, mas porque é vaidosa e astuta, na maioria das vezes, traindo a si própria.
Concluo através da Bíblia.
Tiago 3:12
“Meus irmãos, por acaso pode uma figueira dar azeitonas ou um pé de uva dar figos?
Assim, também, uma fonte de água salgada não pode dar água doce”.
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