sexta-feira, 6 de outubro de 2023

CONVERSANDO COM DEUS

O dia acabou de clarear meio acinzentado, trazendo consigo um ventinho fresco e gostoso que adoro sentir...

Toda esta delícia veio acompanhada dos pássaros, nunca igual, sons variados e cada qual, juntos ou respeitando os intervalos dos protagonismos também de cada cena me abastece, nutrindo mente e alma, corrigindo todo e qualquer resquício, ainda presente dos lastros dos cotidianos já vividos.

A cada amanhecer as águas mornas e tranquilas do meu mar de Ponta de Areia, lava-me, mesmo não estando submergida nelas, pois, estão em mim, esteja eu onde estiver, o mesmo acontecendo em relação as águas geladas e temperamentais do meu riacho de Guapimirim, num interlace de emoções.


Hoje, mais do que nunca, o céu e o inferno interior estão numa batalha crucial, exigindo de mim, decisões que me parecem dolorosas de serem tomadas, afinal, seja qual for o vencedor, estarei sofrendo, já que ambos sairão extremamente feridos.

Tomar decisões absolutamente só, contando tão somente, com o manancial acumulado de experiências empiricamente sistêmicas em conjunto com os valores e aprendizados recebidos, além de contar com um somatório de consequências vivenciadas, não é com certeza, uma tarefa para fracos ou distraídos.

Oh Deus! Onde estais, que não me socorres, aliviando este medo em estar querendo estabelecer a coerência existencial que me inspirastes ao longo de minha vida em que o amor na mais completa apresentação, não seja desvirtuado nos meus propósitos, sentimentos e ações.

Não permita meu pai que a força das conveniências, sejam mais poderosas em minhas decisões que a leveza da paz que venho graças a ti, absorvendo.

Não permita, senhor, que a mesma seja maculada e assim, ferindo o senso do belo, justo e nobre de minhas opções, por mais que as chibatadas em contrariar os feitores da brutalidade sistêmica humana, recaiam sobre mim.

Oh pai, mantenha-me resistente para suportar as dores e as feridas que advirão sobre esta tua filha que tanto te ama.

Estou entre um amor e outro amor, ambos componentes do sal que tempera e dá sabor a minha existência.

Que nesta sexta-feira, possas, meu senhor, enviar-me o socorro de um sinal, que me tire deste dilema cruel.

Sinto-me como em outras ocasiões, só como um túnel, com a lucidez do sol que jamais me faltou em meio a uma correnteza que me enfraquece e eu, só precisando de ti, meu pai, para não sucumbir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vale ouvir e refletir