Depois de dias abafados com sois escaldantes, se bem que deliciosos, cá estou felicíssima apreciando a chuva fina, refrescando o solo e a mim também.
Meus olhinhos de eterna menina safada, adoraria ir lá para fora, deixando com que esta maravilha da natureza, fizesse as vezes do chuveirão que chamo dos Deuses do Olimpo de minha existência e me banhasse, mas confesso que tenho medo, afinal, se meus sentidos são crianças e adolescentes, minha mente é adulta em plena consciência me alertando para o enorme risco em resfriar-me neste estágio da minha vida.
Todavia, como jamais aceitei um não aos meus naturais impulsos de paixão, impedindo-me de me entregar aos prazeres inenarráveis, arranjei uma adorável alternativa e fui colocar por sob a chuva, os pequenos vasos da varanda e assim, poder sentir os chuviscos em mim, fazendo deles, gotas preciosas de vida e liberdade.
E aí, num comparativo constante com a natureza e a minha vida, penso que assim como cultivamos infinitos outros hábitos, ser feliz, certamente, deveria ser o prioritário, já que é fundamental para garantir sorrisos no rosto, alegrias na mente e leveza no ir e vir das emoções, afinal, se o calor ferve nossa mente, a chuva a refresca, mostrando insistentemente, que tudo é passageiro e que não há tempo pra se perder...
Chove lá fora, amenizando o calor, num equilíbrio harmonioso entre mim e o tudo mais...
Bom dia, abastecida com as passageiras chuvas benditas da primavera que envio carinhosamente para você que me lê, desejando-lhe momentos de paz, onde a prioridade seja, apenas sentir o tudo de bom que a vida oferece.
Regina Carvalho- 23/10/2023- Itaparica
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