domingo, 1 de outubro de 2023

MENTE LÚDICA

Textão, mas como abordar um assunto tão sério em apenas algumas poucas linhas?

São cinco horas deste amanhecer, o dia não clareou e ainda não escutei um pássaro sequer cantando. Por que será?

Bastou eu escrever do silêncio para neste exato momento, talvez por ter percebido as minha interrogativas vibratórias, um começar a piar bem próximo da janela e aí, só rindo da incrível associação vibratória, afinal, eu acredito nesta integração e ao longo da vida, pude constatar infinitas vezes, mas tudo bem, se você que me lê, não acredita e pensa que tudo advém desta minha mente lúdica.

Posso ouvir neste instante, que já são muitos e ainda posso identificar que se encontram agrupados na amoreira, já que ainda não abri a janela, tão entretida me encontro, pensando exatamente em registrar a ludicidade que se torna necessidade entre as básicas, justo para que consigamos sobreviver com um mínimo de digamos, lucidez.


Afinal, se estar vivo é uma dádiva, esta, precisa valer a pena...

E aí, como não lamentar a falta das artes como disciplina nos currículos escolares, não como uma aulinha passa tempo, mas com a seriedade em fazer despertar nas crianças o desenvolvimento criativo?

Através das artes, a criança adentra naturalmente, num relacionamento íntimo consigo, aprendendo a se ouvir e consequentemente ao outro, mas é na adolescência que o mundo imaginário começa a se chocar com o mundo real e sem o conhecimento mínimo íntimo de si mesmo, o jovem em formação.se perde na euforia que o medo estimulado pela curiosidade e pelos hormônios, entram em ação, geralmente, como indicadores inadequados.

Essa é uma questão sempre tão óbvia para mim, que me custa compreender, porque nunca foi considerada pelos doutores da psicologia em relação à formação educacional.

Crianças e adolescentes, envolvidos com algum tipo de arte, principalmente as cênicas, com certeza se sentem mais livres para serem o que são, mais responsáveis por suas atuações ao lado de outros, mais respeitosos em relação à vida de um modo geral, tudo porque, nas artes, a disciplina pessoal é o encantamento pelo ato criativo de si e dos demais, este um mecanismo cognitivo de conduta, absolutamente espontâneo, sem qualquer maior exigência relacionada a tão somente, conveniência, tende a ser muito eficaz

Penso também que o olhar de uma pessoa com a ludicidade norteando suas passadas vivenciais, será sempre um respeitador amoroso em relação ao tudo mais, além e a partir de si.

A maior e mais preciosa prevenção contra o tudo de ruim que o sistema oferece, será sempre a forma como a vida na sua grandeza é apresentada, tendo a capacidade em despertar mecanismos de defesa, de dentro pra fora, afim de criar uma resistência saudável e sábia, frente ao sistema repleto de brutalidades, diferenças e contrários. 

Um ser abastecido de ludicidade, não sucumbi, através do medo de simplesmente viver.

Portanto, concomitantemente aos centros de amparo aos portadores das comuns síndromes e transtornos variados, bom seria a providência de amplos centros culturais, onde as artes, estivessem presentes como uma bendita vacina, dentre tantas já existentes, afim de se prevenir contra as sempre presentes e constatáveis chagas sociais e genéticas.

"Apesar de não existirem relatos formais históricos da Terapia Ocupacional anteriores aos pensados no início do século XX e depois, introduzidos pela psiquiatra Nise Silveira, há referências ao longo da história do Homem que apontam para a importância da ocupação como processo terapêutico. Por exemplo, já em 2600 a.EC. ( antes da Era Comum) os chineses consideravam que a doença resultava da inatividade física e utilizavam o treino físico como terapia. Por outro lado, os egípcios deixaram, cerca de 2000 a.EC., vestígios que revelam a utilização de templos onde pessoas “melancólicas” eram tratadas recorrendo a jogos e onde se defendia a aplicação do tempo em ocupações agradáveis. Na Grécia clássica, por volta de 600 a.EC., dizia-se que Asclepius, o deus da cura, utilizava cantigas, músicas e dramatizações para acalmar os delírios. Também o escritor e orador romano Séneca (30 EC.) defendia a utilização de cantigas e música para tratar qualquer tipo de agitação mental. Por sua vez, Hipócrates (220 EC.) enfatizava a ligação entre o físico e a mente e recomendava a luta greco-romana, a equitação, o trabalho e os exercícios vigorosos."

CREFITO12-Conselho Regional de fisioterapia e terapia ocupacional 

Educação lúdica desde a primeira infância na convivência uns com os outros, será sempre a melhor e mais eficaz terapia ocupacional.

Um ser verdadeiramente capacitado com a devida ludicidade, não fere, não destrói, não macula e não mata, muito menos, a si. 

SIMPLES ASSIM...

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