Ao nos descobrirmos existindo, crescemos, evoluímos e somos capazes de verdadeiramente amar seja lá o que for, a partir do amor que sentimos por nós, quando carinhosamente nos abraçamos como um tudo de bom, deixando fluir um sorriso de absoluta paz, por finalmente, estarmos atrelados um ao outro ou seja; mente e corpo.
Parece citação filosófica de auto ajuda, mas é tão somente, a conscientização plena de nossa existência e aí... Que maravilha é estar vivendo!
O que pode importar se somos pretos ou brancos, gordos ou magros, ricos ou pobres, gays ou héteros, se somos uma perfeita molécula de vida, capaz de se reproduzir e de quebra, ainda sentir amor, ternura, compaixão...
Ao contrário do narcisismo clássico, onde o tudo mais parece inferior a nós, a sensação de completude amplia a nossa capacidade periférica e o tudo mais, se torna nítido e sensível aos nossos sentidos e mentes, exibindo-se despudoradamente para o nosso deleite ou preocupação, já que o tudo mais, também pode ser feio, bruto ou perigosamente falsificado.
Penso no quanto deixamos de perder de tempo com dúvidas, suposições e decepções, quando somos capazes de formular avaliações precisas sobre o tudo mais, já que nossos sentidos afiados, nada deixam escapar de um olhar, de um discurso, de uma postura física ou de qualquer outra manifestação oriunda de uma ação, afinal, as energias vem como vibrações e estas, não podem ser disfarçadas, pois são o que são ao entendimento de um ser pleno, cujas vibrações reconhecem as demais, como um decodificador.
Mas não pense que é fácil conviver com a plenitude, afinal, como tudo no início, pode assustar, decepcionar, entristecer, mas posso garantir que não demora muito para que o estranhamento dê lugar a seguidos “graças a Deus”, já que os relacionamentos de qualquer natureza se tornam equilibrados, serenos e abusadamente verdadeiros.
Isso passa a ocorrer entre nós e o gigantismo da natureza nas suas infinitas expressões, nada mais se torna estranho aos sentidos e mentes de uma criatura humana que tenha atingido a bendita plenitude em sentir-se existindo.
Isso não é milagre, magia ou efeito metafísico ou uma manifestação que só os especiais são capazes de atingir, e sim, o resultado de um forte e determinante querer pessoal em integrar-se a vida e no tudo quanto, de bom e gratificante que ela oferece insistentemente, gratuitamente a cada milionésimo de segundos, através do nosso apenas respirar.
Mas quem pensa na respiração, a não ser quando, por algum motivo, não se pode fazê-lo?
Quem lembra de se abraçar e quem lembra de se amar?
O tempo, sempre nos parece tão curto, para o tanto que precisamos fazer, num único dia. Então, nos momentos críticos, lembramos que está difícil a jornada, desejamos parar, olhar pra nós, mas já estamos tão acostumados a ir postergando com infinitos argumentos de apoio e convencimento para um depois, que nem nos apercebemos que este, nunca chega.
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