segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

PENSANDO NA LIBERDADE

Estou aqui pensando sobre a real liberdade e no quanto é difícil obtê-la, mesmo quando muito se vive em anos e em benefícios que o sistema oferece como resguardo pessoal.

A imagem da liberdade se associa sistemicamente aos pássaros e animais selvagens nas savanas, já que nos fazem acreditar que para sermos verdadeiramente livres, precisamos chutar como baldes vazios todas as tradições e valores que o próprio homem elaborou através da história da humanidade, não por serem perfeitos, mas minimamente possíveis de serem seguidos, afim de que, a humanidade não agisse como lobos e leões.


É preciso lembrar que a Psicologia surgiu como uma disciplina científica pelo estabelecimento do primeiro Instituto de Psicologia em 1879, em Leipzig, na Alemanha, por Wilhelm Wundt. (1832-1920). É aqui que os primeiros psicólogos profissionais adquiriram as competências de trabalho experimental para estudar a mente e sua interação com o tudo mais.

A Psicologia não surgiu diretamente como uma ciência, começou como um ramo da filosofia e continuou por cerca de 2000 anos antes de emergir como tal.

O termo psicologia foi encontrado pela primeira vez em livros filosóficos do século XVI. Foi formada de duas palavras gregas: “psique” (alma) e “logos” (Doutrina). Por alma, entende-se o princípio subjacente de todos os fenômenos da vida mental e espiritual.

As ideias modernas sobre mente e seu funcionamento foram derivadas da filosofia grega.

Portanto, num comparativo simplista, o entendimento mental e emocional é ainda uma adolescente se comparada a outras ciências e como todo adolescente, nomenclatura que surgiu no século 19, na esteira das transformações econômicas e sociais pelas quais o mundo passava. “Ela surge como um prolongamento do tempo de dependência da família e de formação para o trabalho”. Conforme a adolescência se fixou como um período à parte na vida, todo um imaginário de transgressão e busca por independência foi criado ao seu redor, e o mercado teve papel muito importante nisso. “No próprio romantismo já existia essa ideia de romper com as tradições, e isso foi muito apropriado pela indústria do consumo, especialmente a partir das décadas de 1960 e 1970, portanto, tudo muito recente e é absolutamente aceitável a ainda incompreensão quanto ao discernimentos dos assuntos mais complexos, ainda mais, se associado a isto, existir a falta de letramento e estruturação educacional no tocante também a convivência, assim como não é difícil entender o quanto o comunismo se vale deste adolescentes para fazerem germinar em suas mentes as falcatruas de seus dogmas em relação as justiças sociais que, não são encontradas em nenhum território, onde finalmente tenham se instalado.

Essa observância é anulada na medida em que é tirada da mente racional, qualquer vestígio da bendita lógica comparativa e preenchendo uma parte do cérebro com a crença de que somente através dos valores por eles doutrinados, a bendita liberdade será atingida.

E só conseguem expressivo êxito, justo porque tocam na sensibilidade dos jovens que por razões óbvias de desajustes oriundos de transformações biológicas e emocionais de todas as naturezas, tornam-se alvos susceptíveis a um rápido convencimento.

Uma vez que uma mente é dominada, dificilmente permite que a tal lógica se instale e aí, é absolutamente normal encontrar-se idosos repetindo como papagaios o mesmo mantra que absorveram em suas adolescências.

Torna-se necessário no entanto, aprender a separar identificando o dominado cerebral do safado esperto, que pega carona na boleia dos sem-terra cerebrais, só para se dar bem.

Assim como jamais haverá liberdade sem o senso comparativo e sem a vontade determinante de expressar sua própria opinião, seja lá do que for e muito menos, haverá paz em uma mente sem liberdade.

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