domingo, 22 de janeiro de 2023

Minha alvorada

Minha alvorada diária é festejada pelos cantos dos pássaros e hoje, em particular lá estava ele, meu sabiá, garboso, sonoramente envolvendo os fundos de minha casa e minha alma também, numa apresentação absolutamente particular para esta senhorinha, enquanto, na cozinha preparava o café, deixando por todo o tempo o rosto sorridente de pura alegria.

Como então, posso deixar o meu pequeno paraíso, se é aqui que a vida me renova, através de si mesma?

E aí, penso nas crianças, na natureza e na vida e no quanto, esta tal sustentabilidade poderia estar inserida na alma e nas atitudes de cada uma delas, bastando tão somente, que a elas fosse apresentada a vida, nas suas mais variadas e autênticas essências.

Neste instante, sinto meus olhos molhados das lágrimas da impotência em constatar que meu tempo está se findando sem que eu veja as minhas convicções existenciais sendo carinhosamente inserida nos aprendizados infantis, restando-me a esperança que em algum momento que não consigo mensurar, quando, finalmente a vida em todo o seu gigantismo e completude, seja apresentado as crianças, como instrumento cognitivo de reconhecimento de amor, ética e respeito.

Penso então, nos meus escritos de uma vida inteira, pensando que talvez, por sorte ou obra do destino dos loucos e idealistas, venham a ser manipulados por mãos hábeis e mentes naturalistas, para quem sabe um dia, além do ler e escrever, seja despertado em cada mente infantil, a grandeza do fragmento de sua importância, quanto a preservação da vida. 

Enquanto isso, por aqui permaneço sorvendo a ventura de existir, beijando a vida e colocando em prática o que me foi ensinado, lá no início, onde a minha vida começou...

BOM DIA pra você que me lê com a sonoridade da vida.



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