segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

E A VIDA CONTINUA...

Estudar, pesquisar in loco o alcoolismo a ponto de me atrever a desenvolver um método amparado tão somente, nas potencialidades da criatura humana( que está sendo editado), estimulando o afloramento da autoestima, fez ao mesmo tempo com que eu, mergulhasse na importância dos meus valores pessoais que naturalmente, foram se acanhando em prol de um acompanhamento aos valores sistêmicos e consequentemente, afastando de mim, a bendita naturalidade que me caracterizava.


Enquanto, pensava que pensava num problema tão difícil e corrosivo quanto o alcoolismo, nem me apercebia que estava, passo a passo me libertando das amarras invisíveis, mas altamente danificadoras ao simples ato natural de “perceber” mais claramente, os paradoxos sistêmicos.

Não fui o Garrincha e tão pouco o Pelé, mas a cada jogada, fui driblando os adversários no campo mental e emocional e consequentemente, foram e ainda hoje, são muitos os gols de amor e dedicação.

Um deles e talvez, o mais significativo, pois exigiu de mim, muita superação das dores que o meu esforço em campo exigiu, com certeza foi o de aprender a aceitar o que definitivamente, não estava ao meu alcance modificar, assim como não medir esforços para alterar tudo quanto, minha capacidade física e emocional, detectava como possível, mas para que tudo isso se encaixasse numa lógica comportamental, precisei de um longo tempo despertando a natural capacidade, quanto ao discernimento em diferencia-las, que estava adormecido em mim.

Uma oração, como a da serenidade, é sempre o resultado de uma longa e preciosa reflexão.

Pois é...

Duas décadas se passaram e nesse período muito me surpreendi com minhas próprias atitudes, sentindo uma após a outra, que foram ficando mais leves e mais conscientes as minhas avaliações, não por acha-las mais ou menos em reação aos contrários, mas porque, descobri o quanto eram desprovidas do véu também invisível da emocional indução social.

Isso trocando em miúdos fortaleceu-me ao ponto de perdendo ou ganhando, fosse no que fosse, o meu todo de criatura humana, não se desestruturaria, ou seja:

“Nada, absolutamente nada, tiraria de mim o brilho da vida, afinal, fui aprendendo a “perder”, atitude mental, tão importante, quanto “ganhar”, pois, a vida continua em qualquer situação em que eu me encontre, portanto, que me seja sempre favorável, porque se eu estiver bem, o tudo mais me favorecerá, mesmo que seja, o meu contrário”.

Tudo passa, tudo sempre passará ...

Simples assim...

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