A tarde encalorada está indo embora, arrastando o sol que teimosamente insiste em ficar e eu, ouvindo uns sambinhas, bem ao gosto deste verão delicioso.
Penso na minha vida que afinal, foi um espetáculo tanto nas conquistas como nas merdas, tudo sempre muito grandioso e aí, começo a rir, afinal, meus setentinha resistiram bastante as paixões avassaladoras de todas as ordens que vivenciei, nada deixando de sentir, fosse doce ou amargo.
Podem acreditar meus amigos, tá pra nascer uma criaturinha mais susceptível a vivenciar as grandes emoções, o que me remete ao meu prazer de saborear os sabugos dos milhos até deixá-los sequinhos, num prazer inenarrável.
Até o momento, tudo tem sido muito intenso, fugi do meia boca, tudo sempre precisou ser especial, mesmo que fosse apenas, mais um aprendizado que entra arranhando e sai ferindo, mas tal como o sol, tenho aguentado os raios e as tempestades, mas, rapaz tenho também lambido muito os beiços pelas infinitas alegrias e aí, vez por outra, ao presenciar tantos e tantos contemporâneos partindo é natural que eu também pense que meu gás pode acabar, mas por Deus, minha luz, está não se apagara, pois reacenderá em todas as ocasiões que um alguém venha a ler um poema, uma crônica, um ensaio terapêutico, uma teoria filosófica, impressos em livros ou um besteirol ou esporro político qualquer, dos muitos que escrevi e ainda escrevo, publicando nos últimos anos nas redes sociais.
A minha pratica é a seguinte: Só eu determino como devo reagir, seja na dor ou no amor, assim, não transfiro a minha responsabilidade em cuidar de mim pra ninguém e agindo desta forma, tudo flui harmoniosamente, até porque, a vida faz questão de nos devolver intensificando os nossos gozos existenciais que nos estruturam para as mazelas que fatalmente esbarram em nós pelo trajeto.
Pra você que está tristinho de saco cheio, sem desejo latente para absolutamente nada, anime-se e curta um final de dia que só depende da sua vontade em mandar as chateações atuais, as do passado, mágoas, raivas e frustrações, literalmente à MERDA...
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