Hoje, acordei pensando nos meus filhos e no quanto, somos diferentes e ao mesmo tempo, absolutamente parecidos, cada qual, tendo este ou aquele meu aspecto, impregnado nas suas posturas físicas e emocionais. Todavia, no quesito ética comportamental e sacanagem mental, somos cópias fieis, uns dos outros e isso, me enche de orgulho, porque acredito sinceramente que são, o melhor de mim que pude repassar para eles, apenas vivendo ao lado deles.
Nos meus muitos escritos, a presença da teoria do “exemplo”, como mecanismo de ensino, é apresentado como o meio mais seguro de se obter êxito em relação a educação doméstica, já que sempre defendi a ideia de que, educa-se no seio familiar para em seguida, exercitar-se no convívio do ambiente escolar.
A grande confusão que sempre existiu e existe, reside exatamente em querer que os filhos pensem e ajam como nós os pais e isto, é simplesmente impossível diante da realidade evolutiva de hábitos e costumes sistêmicos, que por todo o tempo se apresentam e é justo os comportamentos dos pais, nesta continua evolução é que servem de parâmetros para que se estruture um caminho educacional doméstico, menos conflituosamente incoerente e mais produtivo.
Como o tudo mais, também na aplicação desta teoria, existirão as exceções, afinal, a caixinha de processamento assimilativo de cada criatura humana é única em cada exemplar, não havendo hegemonia neste aspecto, no entanto, a força de uma amorosa e verdadeira estruturação educacional doméstica, infalivelmente cria limites, até mesmo nas distorções, quando estas se apresentam.
Não estou me referindo aos comportamentos patologicamente distorcidos que desabrocham e atuam, indiferentemente ao ambiente educacional que estejam inseridos e sim, à grande e esmagadora maioria, cujos sentidos e mentes, estão como folhas em branco, aguardando instruções para finalmente se formarem.
Cada criança, traz consigo as características de sua essência, cabendo a educação doméstica, tão somente, conduzi-la a uma adaptação harmoniosa ao tudo mais, o que não significa que haverá imediata absorção dos conteúdos apresentados, mas com certeza, o serão, na medida da capacidade absorcisa de cada uma.
Educação doméstica não se impõe, mas se repassa e se administra, conjuntamente com a capacidade de coerência dos educadores familiares.
Pais e filhos precisam se sentirem próximos, atuando num aprendizado mútuo, em um contexto onde a sinceridade precisa ser real, até mesmo, quando por algum motivo, ambos os lados, deslizem em suas atividades pessoais de condutas, afinal, educar e ser educado, jamais significou, infalibilidade.
Educadores eram, tropeçam, pois, não há cartilha infalível, mas quando estão devidamente qualificados para a função de educadores domésticos, identificam o deslize e fazem dele, amostragem, afim de ser identificado e amorosamente corrigido em grupo, criando nos laços familiares o bendito respeito entre o educador e o educando, desqualificando a culpa e o castigo e ressaltando a compreensão e o amor, ingredientes indispensáveis a uma satisfatória ação educadora.
Este texto, dedico aos meus filhos do amor, Anna Paula e Luiz Claudio, pois juntos e inseparáveis, exercitamos a cada momento, o convívio amoroso de um contínuo aprendizado, onde a ética, mantém nos devidos limites do bom senso, os nossos naturais impulso safados.
Obrigada por existirem na vida desta mãe apaixonada e Porra-Louca que fez e abusadamente, ainda faz de cada um de vocês, capítulos de aprendizado.
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