De repente depois de um amanhecer incrível, fui tentar fazer um exame e desisti por não saber fazer baliza, nas poucas vagas que ainda existiam e aí, como se o mundo inteiro estivesse me observando, manobrei o carro e voltei rapidamente para casa com uma sensação enorme de frustração, afinal, que merda de motorista eu sou, que nem fazer uma baliza eu sei?
Já em casa depois de tomar mais um café pingado e de sentar e escrever outro texto, fui me compreendendo pouco a pouco e enxergando a mulher maravilhosa e talentosa que eu sou, afinal, sei fazer tantas outras atividades.
Tá certo que sou uma motorista medíocre, mas sentir medo ou preguiça para ir de BH ao Rio de janeiro, enfrentando Serra de Petrópolis e a Av. Brasil, só para encontrar meu velho pai para beijá-lo muito, levando pra ele, as inesquecíveis bolachinhas de coco que ele, simplesmente adorava e tudo quanto eu sabia que ele gostava.
Dirigi anos a fio, até poder pagar motoristas, justo para trabalhar e colaborar com o meu Roberto, nos muitos projetos que idealizamos.
Não faz muito tempo, acordei sozinha e não me intimidei com todos os volantes que foram repassados a mim e então, de que mesmo eu estava me lamentando?
Descobri sem aviso prévio que eu, apesar de estar sempre ao lado de alguém, jamais temi e fugi dos voos solos , afinal, Regininha sempre foi uma águia, quando necessário.
Portanto, não saber estacionar e por isso perder um exame, assim como ser uma verdadeira toupeira, nas coisas mais básicas do cotidiano, não invalida a beleza e a importância dos incríveis voos que como águia solitária, plainei e ainda plaino nos horizontes de minha vida.
Então, xô, xô coisa ruim, pois amanhã é outro dia...
Chove lá fora, mas não na minha autoestima.
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