terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Novo código

Até o dia 01/01/2023, quando finalmente o novo presidente subiu a rampa em nome da democracia, numa expressão cênica comovente de fazer brotar lágrimas, bem ao gosto das novelas mexicanas, um novo código foi implantando com direito a general traidor, escrevendo a respeito, tornado assim, as prateleiras dos juristas mais enriquecido, pois, além do criminal e do civil, eis que surge o código vermelho, volume da sapiência da conquista do poder humano, descrito por inspiração das narrativas dos oprimidos, e aí, justo para punir, eu e você, gente vivida e é claro, mais velhos, cujo crime maior foi alguns de nós, termos nascidos brancos, com famílias estruturadas, no sul ou no sudeste do país e sem nunca ter passado um dia sequer de fome, e ainda insistir numa tal de família.


Tentámos bravamente nos adaptarmos aos costumes que achávamos se tratar de assustadores movimentos, oriundos dos novos tempos, muitos deles, absolutamente relevantes e justos.

Todavia, algo me diz pela expertise de uma longa vivência e de ter visto filmes iguais ou semelhantes, que infelizmente, eu e você, se sobrevivermos, teremos que aprender com as baratas, sobre a estruturação de seus estômagos, pois, tudo indica que seremos continuamente alimentados com a vaidade e a arrogância da nova “Côrte”.

Se até então, já precisávamos pensar para falar e escrever, agora, mais do que nunca, teremos que calar para não sermos esmagados, também como baratas.

Tudo mudou num digitar de 1.8 dos votos nas urnas, começando com a substituição do sentido interpretativo dos conceitos até, então, ainda bravamente sobreviventes, como liberdade, honestidade, caráter, ética, censura, justiça, crime e castigo, o que me faz lembra do escritor russo Fiódor Mikhailovich Dostoiévskit, assim como, democracia o que levou pelo menos 60 milhões de pessoas a acreditarem que finalmente, aprendiam sobre tão badalada palavra.

Como mais uma barata entre 58,2 milhões de outras, pelo menos de solidão não morrerei nos porões da Primorosa Democracia ora implantada, afinal, perdemos, este é um fato, mas nos consolaremos no silêncio de nossos velhos e corroídos valores e ainda, teremos tempo e a companhia uns dos outros, nesta resistência considerada chulamente antiga e preconceituosa, mas que as falácias e os velhos e enraizados hábitos dos vencedores, certamente ao longo do tempo fortalecerão, porque, afinal, é sabido que, ninguém muda ninguém meu bem, nem mesmo, nas novelas e histórias da carochinha...

Todo bonzinho come cru e o malzinho é que faz sucesso, então, pra que mudar o roteiro?

Quando os holofotes se apagam ou diminuem suas potências, os carcarás se alimentam e as baratas se multiplicam...

Até, porque, nunca se viu tanta barata juntas ao mesmo tempo...

"Lembro aos amigos que sou uma cronista e  ninguém muda o que  é de verdade indiscutível, portanto, se não concordam, mudem de página, mas façam velhos discursos, pelo amor de Deus."

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