Gente o que é isso?
O tempo passou rápido, mas em algumas ocasiões, pareceu-me lento e monótono e para mim que tenho a mente ágil e fértil, foram momentos desesperadores.
Não foi uma tarefa das mais fáceis, estabelecer uma harmonia neste relacionamento entre o tempo e eu, afinal, tudo era desigual, afinal, ele jamais precisou de mim, em compensação, dele dependia a minha existência.
Precisava estabelecer um convívio menos traumático, então, a duras penas, fiz do meu sim e do meu não, o ponto de equilíbrio em nossas relações ou seja; aceitava-o tal qual ele, sempre surpreendente, se apresentava, inclusive, pouco se atendo aos meus ais de alegria ou tristeza, em contrapartida, também ele precisaria ter-me, tal qual, eu me apresentasse e assim, neste acordo aparentemente esdruxulo aos olhares tradicionais, nossa relação foi se harmonizando.
E ai, o “eu não quero” se estabeleceu com uma força extraordinária, livrando-me dos incômodos e afrontas que o velho sim, aceitava passivelmente, dilacerando o melhor de mim.
E nessa toada transformadora, fui percebendo o quão delicioso era o sabor do sim, que concomitante desabrochava, fazendo brilhar os meus olhos, rejuvenescendo-me a cada instante, numa resistência tranquila e amorosa, nas sempre batalhas entre o tempo, as circunstâncias e eu.
Hoje, não quis escrever e de mim, jorraram palavras que fizeram brotar sorrisos desta senhora pirracenta que, quando, deseja conquistar ou preservar, sequer lembra que o tempo e o não existem, fazendo do sim uma forte e resistente armadura, onde eles, o abusado e prepotente tempo, assim como a falsa lógica com o seus “não” castradores, não podem alcançar.
Bom dia, com o “sim e o não” de suas mais legítimas necessidades, sobrepujando a realidade do tempo e a crueldade da culpa que a consciência induzida, viciada e sofrida, imprime em você que me lê, tirando-lhe a leveza de um autêntico ser, capaz de feitos surpreendentes, inclusive, sentir-se livre para conviver com seus “sim e não” em conformidade com a bendita paz, senhora dos sorrisos e consequente, felicidade, mesmo que seja, num apenas instante, que num somatório, justifica qualquer existência.
Regina Carvalho- 10/11/2023- Itaparica
"Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna" - Mateus 5:37
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