Em fevereiro de 2022, a tropas Russas invadiram a Ucrania e o mundo se consternou, em 7 de outubro de 2023, novamente o mundo é despertado com um novo conflito, agora com Israel sendo atacada por tropas Palestinas, enquanto isso, em nossas cercanias, o crime organizado se mostra ativamente poderoso, desafiando o sistema, coitado, altamente sofrido pelos contínuos conflitos de ordem ética e moral, alterando hábitos e culturas por todos os lados, sem qualquer discernimento de real respeito ao diferente e até mesmo, contrário.
E como a vida não se detém para chorar e até mesmo, se lamentar, cá ficamos nós, perdidinhos, como cegos em meio a um ininterrupto tiroteio de valores, fuzis e metralhadoras, agradecendo aos Santos e a Deus a cada amanhecer, por termos sobrevivido por mais um dia.
Como sobreviventes, agimos num misto de idiotas e camicases, já que nos jogamos como loucos na busca frenética da sobrevivência de todas as ordens, adentrando de peito aberto em campos minados para viver ou morrer, sem qualquer outra alternativa e aí, pensamos que “só Deus na causa”.
Enquanto depositamos no altíssimo o nosso destino incerto, oferecemos uma mãozinha auxiliar ao bom Deus, dobrando nossos joelhos em devoção, geralmente restrita aos templos e terreiros em dias determinados e em seguida, fingimos pra nós e para o resto do universo que nos rodeia que “está tudo bem”, sem no entanto, sermos capazes de engabelarmos ou pelo menos, apaziguamos as nossas emoções que perdidas e aflitas a cada instante, ferem e moldam independentemente de nossas naturezas racionais, um novo perfil às nossas almas, em batalhas que nos parecem intermináveis.
Fingimos que somos felizes, amáveis e conciliadores, ostentamos um equilíbrio pessoal que se rompe sem aviso prévio a cada instante, deixando expostas todas as nossas aflições cognitivas e então, agride-se e até, mata-se, pelas mais fugazes razões, reforçando a guerra externa que nos cerca e nos enlouquece, independentemente de nossa vontade voluntária e absolutamente natural de apenas, vivermos em paz.
Será que ainda somos capazes de identificarmos este estado mental, físico e psíquico, se ao busca-lo, adicionamos tradicionais aditivos como o álcool e as drogas?
Penso, porque sou uma louca, metamorfoseando-me sem acanhamentos ou medo das críticas em incansável borboleta, que voa pelo universo de mim mesma e quando esta, se cansa, busco um beija-flor desavisado e em sua carona, sorvo o polem do melhor que há pelo caminho, sabedora de que tudo é fugaz e que só o absorvido no aqui e agora, faz algum sentido, porque o vivenciado, já se foi e o a vivenciar, será sempre uma apenas, expectativa.
Bom dia a mim e a você que generosamente me lê, desejando que a paz pura ou aditivada, venha ao nosso encontro neste sábado em que milagrosamente, sobrevivemos a mais um dia, uma semana, um ano, uma década...
Maravilha, que precisa ser abusadamente, comemorada...
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