sexta-feira, 17 de novembro de 2023

EMPATIA

Usamos muitíssimo esta expressão, no entanto, sabemos o que significa, como identifica-la ou mesmo, como praticá-la?

Em todas as ocasiões em que me senti reconhecidamente uma pessoa não empática, imediatamente, pedi desculpas, o que gerou surpresas e críticas, como se, ao fazê-lo, estivesse desdizendo o que afirmei ou penso.

Na realidade, no ato do reconhecimento da postura inadequada para com o outro, apenas identifico pra mim, minha própria falha em não ter considerado as razões do outro em ter agido da forma esperada ou desejada ao ponto de me ter abalado, provocando em mim, reações desequilibradas.


Penso, que cada ser humano apresenta seu script pessoal de acordo com a forma que seu todo cognitivo, foi capaz de absorver e processar, criando automaticamente uma característica que o acompanha por todo o tempo e como somos, cada qual, peças únicas, dependemos acima de tudo de regras pessoais e sociais, para que não saiamos por todo o tempo, agredindo-nos de mil formas diferenciadas.

Daí, a tolerância que nos torna condescendentes e numa visão mais ampla, empáticos.

Sentir empatia por alguém, não significa que se está justificando o comportamento da mesma, e sim, indo além, compreendendo que suas posturas, são tão somente, o resultado de sua vivência ou seja; a forma como ela conseguiu absorver suas experiências, processando-as e as vivenciando.

A disposição em compreender a intransigência, as vezes agressividade, desconsideração e até o silêncio de alguém, que pode ser interpretado como abandono, não é para ser considerado grandeza ou bobice e, sim, respeito a si mesmo, já que, ao reconhecer respeitosamente, as motivações do outro, estar-se-á criando um clima ameno o suficiente para que o respeito por si mesmo, ganhe o protagonismo. 

Afinal, é preciso que se esteja cognitivamente em equilíbrio com ela mesma, fazendo valer as razões que a tornam uma pessoa empática, para que dela, transpareça o equilíbrio necessário, afim de que o amor por ela e consequentemente, pelo outro, ditem o andamento das ações e reações.

Parece complexo e até complicado, mas quando, entendido e praticado, qualquer experiência vivencial, ganha proporções incríveis de paz e harmonia em todos os níveis da convivência da pessoa consigo e com o tudo mais.

Simples assim...

”Empatia é entender a realidade do ponto de vista da outra pessoa. E ainda conseguir considerar o ser humano, por trás da sua emoção, por trás das suas palavras e por trás dos seus atos praticados, sem concordar ou discordar”(Su Kei-Wei CNV), inspiração Socratiana.

Concluo afirmando que para mim, que exercito a empatia desde a mais tenra idade, ela nada mais é que a pratica do respeito ao diferente e até mesmo, contrário, o que deveria ser ensinado zelosamente nas escolas, tanto quanto, qualquer outra disciplina.

Bom dia!

Regina Carvalho-17/11/202 Itaparica

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