De repente, enquanto escrevo, um ventinho gostoso traz até a mim um cheirinho de grama e terra molhada que é a maior emoção que em Guapimirim, ainda na infância, senti e que me inspira até neste instante, adentrando em mim, fazendo despertar um tudo de bom...
A chuvinha foi embora, tão surpreendentemente rápida, quanto chegou, mas em sua breve passagem, operou milagres em mim.
Bendita natureza que se a ela estivermos atentos, independentemente do que estejamos fazendo, com certeza, se torna bênção Divina, pois, traz Deus materializado em aromas, cores e sabores, despertando os demais sentidos, numa explosão de emoções, impossíveis de serem relatadas, mas absolutamente absorvidas e magistralmente sentidas, lembrando-nos o manancial de vida que existe em nós, independentemente da idade que tenhamos, da condição econômica/ financeira, da cor de nossa pele e até mesmo, das frustrações que tenhamos arrastado, num acúmulo inútil e desnecessário.
Essa interação silenciosa é, tal qual, o ar invisível, mas fundamental para que possamos viver pois, nos completa e também, nos abastece de energias que extrapolam de nós em tudo que venhamos a pensar e fazer.
E a isso, chamo de sensação motivacional que não sabemos aonde se produz dentro de nós, mas que inquieta e se exibe através, dos nossos olhos, sorrisos e leveza postural, mostrando-nos ao mundo como pessoas bem amadas e prontas para dividir esse amor, mundo afora.
Costumo dizer que pessoas bem amadas, amam tão constantemente, quanto respiram...
Penso, que o cheirinho de grama fresca e terra molhada, são como deliciosos beijos que a vida abusada me dá, sempre como uma “surpresa” extraordinária, como se fosse a primeira vez do tudo de bom..
Regina Carvalho-22/11/2023- Itaparica
Nenhum comentário:
Postar um comentário