Fazia tempo que eu não escutava Chopin, mas neste amanhecer, comecei a ouvi-lo, antes mesmo de abrir a primeira das muitas janelas existentes em minha adorável casa, e aí, fui recebida com uma deliciosa aragem que parecia estar me esperando para então, abraçar-me, levando-me a pensar imediatamente, no quanto, estar atenta aos movimentos desta bendita natureza me é gratificante.
Respiro fundo e permaneço alguns segundos deleitando-me, afinal, mais que um abraço, estes instantes são renovadores...
Associo este abraço aos infinitos outros, que a vida me proporcionou e que, de tão preciosos, permanecem em mim, renovando-me a cada amanhecer, fortalecendo-me para os enfrentamentos de realidades que independem de meus toques e retoques amorosos.
Penso então, quão bom seria, se esta experiência deliciosa que vivencio a partir de cada amanhecer, eu pudesse despertar naqueles com os quais convivo ou que me leem, despertando-os para uma mais íntima relação com a vida que, afinal, os mantém.
Bendita aragem que a cada amanhecer se renova, chegando e ficando em mim...
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