Não diga nada por favor... Adoro esta música de Benito de Paula e, ouvindo-a, penso nos meus escritos de uma vida inteira e no quanto, eles me foram úteis como se fossem mãos amigas em carinhos constantes e amorosos do meu eu a mim.
Penso nas manhãs sempre primaveris que por intuição e inconsciência, onde fui sorvendo desde a minha infância os belos que me cercavam e de tão maravilhosos me pareceram, que instintivamente, fui transformando-os em fortes blindagens, onde o feio, o maldoso, o cruel e doloroso, jamais encontraram portas abertas ou sequer brechas para adentrarem.
Escrevo o que sinto e sou, dilacerando ainda a distância, qualquer dor, engano ou desencanto que insistentes, queiram se aproximar. Fortes e resistentes, percebo os véus que me rodeiam, sem que eu faça deles, muralhas intransponíveis ao meu natural impulso em ir e vir, num sorvedouro divino dá apenas, liberdade.
Bendito este novo dia que amanhece
Bendito o amor que me motiva
Bendita paz que me inspira.
Mil vezes eu li e reli o Bíblico capítulo 6 onde Mateus, narra o discurso de Jesus em relação aos lírios dos campos para finalmente, compreender que ele afirma que Deus ao criar os seres humanos, a eles forneceu as forças físicas, o intelecto e a alma para que se abastecesse numa absoluta e natural sobrevivência, podendo extrair de si mesmo, todos os subsídios, afim de que o mesmo, pudesse com suas raízes, sugar as seivas de seu próprio paladar.
Pois é...
O meu paladar precisa do sal do amor como tempero básico e fundamental, afim de transformar o aparente quase nada, num banquete digno dos Deuses.
E tal qual, os lírios do campo, nasço e renasço em qualquer lugar, deste mundo de meu Deus.
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