quinta-feira, 16 de novembro de 2023

ATÉ QUANDO?

Desde que os seres humanos se desenvolveram socialmente, criaram e foram aperfeiçoando o domínio e o poder, aliando a estes, a ambição, a ganância e o despotismo duro e perverso, sob a capa lustrosa e chique, que deram o nome de “autoridade”.

Cada autoridade, torna-se senhor (a) do mando e do comando, capaz de escravizar os demais, sem qualquer constrangimento, pois, creem ser este, o papel que precisam representar, cientes de que estes “demais”, não saberiam aplaudi-los respeitosamente e submissamente, se assim, não fossem.

Portanto, não reside qualquer surpresa, em relação aos mandos e desmandos que os líderes de qualquer área humana estejam atuando, assim como, em relação aos que, deles estão submetidos, seja no âmbito privado, público e religioso, seja em qualquer dos escalões hierárquicos existentes.


Esta realidade me faz lembrar dos colares de pérolas, que ostentam gradativos tamanhos, até o fecho, formando uma corrente coerente e uniforme que representa valor e beleza aos olhos dos que admiram, mas sem estar ao alcance da maioria.

E aí, citando pérolas e beleza, inevitavelmente, penso na minha Itaparica, “princesa da baia de todos os santos”, cujo cordão é pequeno, repleto de pérolas de raro valor, desordenadamente confeccionada, já que por aqui, além dos artesãos déspotas, há uma ignorância cruel entre os líderes, incapazes de cuidar das pérolas que os sustentam, esquecendo-se que o mundo com a comunicação instantânea da internet, dia e noite, vem tirando as vendas dos “demais”, abrindo ao mesmo tempo, um leque incontrolável de revolta, ganância e miséria que inevitavelmente, transforma-se na violência de todos os níveis e representações, proliferando uma concorrência cega e abusiva que não poupa nada e ninguém.

Escrevo fazendo analogias, como o fez o meu sempre amado e inspirador “Jesus”, por compreender que a ignorância humanitária permanece exatamente igual e por também acreditar ser mais elegante, no desejo ardente de elevar o nível da leitura e quem sabe, futura reflexão. 

O otimismo é uma das minhas características...

De pérolas, vou direto para uma savana, onde hienas e carcarás, disputam a carniça, cada qual, no seu momento hierárquico de saciamento, ficando os “demais”, com os resquícios fragmentados de um inicial, farto banquete.

E aí, angustiada pergunto: 

Até quando, os “demais”, acreditarão nessas tais de política, justiça e direitos humanos, capas que resguardam a falta da vergonha nacional, estadual e municipal?

A priori e a seus modos, não quererão todos, em momentos distintos, também, fartarem-se desse farnel? 

E não será exatamente isso, que já é possível observar, com o título de “corrupção” em todos os níveis?

Fecho os olhos e posso apreciar as já muitas danças dos mortos de fome, eviscerando seus cruéis feitores e senhores(as) dos poderes.

E pensar que o sempre farto banquete saciaria a todos...

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