Perdoe-me a franqueza em dizer que te amo
Perdoe-me a sinceridade em ser o que sou
Não me leves a mal pelo muito que te quero
Num mundo cruel de infinitos senões.
Perdoe-me se te quero, tal qual, te apresentas
Repleto de falhas, dúvidas e contradições
Gramado verde sem poda adequada
Flor perfumada e esquecida no brejo
Perdoe-me dizer que te amo
Perdoe-me sorver, incansável os teus aromas
Perdoe-me calar, quando muito te tenho a dizer
Perdoe-me possuir-te, sem que tu, sequer percebas.
O “se” isto ou aquilo, lentamente sufoca
Engessa as emoções,
Esfria os sentimentos
Descaracteriza os quereres.
Perdoe, portanto, esta pobre poeta
Passarinho sem asas, caroneira das ilusões.
Que através de um tão somente, olhar
Elegeu-te vida, amor e devoção.
Se não podes ouvir-me, pois nada consigo dizer-te
Que então, me sintas neste, apenas, bem-querer...
Regina Carvalho-12/11/2023- Itaparica
Nenhum comentário:
Postar um comentário