Acordei ao som do sabiá, que como sempre barulhento, anunciava a sua chegada e aí, tive a nítida sensação de que ali, naquele instante, estava Deus alertando-me, afinal, eu não poderia, fosse por qual motivo, prescindir em me ater na avaliação precisa do meu sim e do meu não.
Na realidade, quando estamos atentas as nossas reações físicas e emocionais, dispensamos as surpresas e deixamos de sentir os malefícios que as mesmas podem trazer, mesmo que sejam agradáveis, pois, mesmo assim, podem estimular sentimentos nem sempre saudáveis, como por exemplo o enfado.
Por estarmos vivos, interagindo, produzindo seja lá o que for, estaremos sempre expostos a tudo quanto, possa nos causar euforia ou inquietação, portanto, estarmos preparados para ambos, com certeza é a tarefa mais importante em nossos cotidianos, pois, nos manterá equilibrados o suficiente para de imediato percebemos o que nos convém ou não.
Tarefa que depois de bem apreendida, se incorpora em nossas mentes e sentidos, tornando-se tão natural quanto, sentirmos sede.
O sistema através de mecanismos diversos, até mesmo educacional, impõe regras que certamente induz a uma constante confusão de valores, destruindo sutil e silenciosamente o que de melhor existe em cada criatura humana que é a capacidade de discernimento que o poupa de tudo quanto de mazelas possa existir, evitando o aniquilamento da nossa natural paz interior, capaz de nos manter serenos quanto, a chegada das intempéries em sua maioria previstas e das benécias que se não podem ser previstas, com certeza podem ser cultivadas, abrindo um mar de possibilidades.
Portanto, não clamemos ajuda de Deus, pois ele está por todo tempo em nós. Façamos sim, um esforço de aprendizado em reconhece-lo a cada instante atuando em nós, geralmente assoprando em nossos ouvidos, arrepiando-nos ou como aconteceu comigo nesta e em infinitas outras manhãs, tirando-me da cama para que eu escrevesse sobre ele e sua incrível atuação em minha vida e para tal, usou o sabiá, meu sim diário de amor a vida.
Um sim bendito ou um não consciente, nos tornam pessoas menos susceptíveis aos enganos corriqueiros e mais humanamente, tranquilas.
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