terça-feira, 7 de março de 2023

OS DEGUSTES POLÍTICOS

Tal qual, acontece na Sapucaí, quando o desfile termina, o carnavalesco já começa a traçar o próximo desfile, foi isso o que Joãozinho trinta me disse em certa ocasião, quando, nos encontramos na casa de uma amiga em comum no Leblon, não muito antes de seu falecimento.

Pois é, está no sangue, na mente e na alma e não há nada, que seja capaz de erradicar esta compulsão metafísica, portanto, além da compreensão razoável, quando observada sobre o ângulo da sua essência ideológica.


Todavia, particularmente, foram raros os exemplos de políticos que observei se enquadrarem neste estereótipo, afinal, pelo menos nestes cinquenta anos de vida relativamente próxima a eles, o labor e a paixão, descritos por Joãozinho trinta, não se coadunaram com a realidade observada.

A sede de vencer é a mesma, mas a prática na confecção das ideias e ideais, geralmente, se esvaem ou se alteram ao longo do caminho, onde a vaidade e a ganância, insistentemente ditam os objetivos e principalmente, as regras.

Seria mais autêntico de minha parte, admitir que o que conheci da política brasileira, até pudesse ser confundida nas diversidades coloridas das plumas e paetês das escolas de samba, mas jamais comparada  com a autenticidade de uma mente criativa e idealisticamente carnavalesca e sim, a uma arena romana, onde homens se enfrentavam até morte, que no caso de nossa tupiniquim política, significa o falecimento das dignidades, o que no frigir dos ovos, não salva ninguém, ficando a ética da luta, entregue como refeição aos leões esfomeados, que aguardam ansiosos as vísceras da contínua impunidade.

Pois é...

O que se vê de puríssima realidade, são gladiadores aparentemente implacáveis, mas que, após as disputas acirradas e sanguinolentas, sentarem-se a mesma mesa para o deguste do banquete das improbidades.

Bom dia, Dona Regina...

Hoje é só uma terça-feira, cuidado com a distribuição das tornozeleiras, brinde oferecido aos babacas idealistas, línguas afiadas e mentes pensantes.

Acorda pra real menina, afinal, até as crianças e os velhinhos, estão indo pro xilindró!!!

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