Domingo é dia de lazer, mas como fazer o meu sentido de lógica, simplesmente aderir ao ócio, afinal, o sistema continua a todo vapor, distribuindo nem que seja apenas, os efeitos dos deboches públicos nos sete dias de cada semana, ano após ano, desde que me entendo por gente.
Quando vejo as milhares de baianas, originárias de variadas cidades em filas quilométricas, debaixo de um sol escaldante, depois de terem atravessado uma noite ao relento de pé ou escoradas nos muros das calçadas, tudo que vem em minha dedução de pessoa humana é:
O que é isso, minha gente?
Onde estão as assessorias que não planejam um atendimento decente e respeitoso?
Onde está a infinidade de dinheiro público que não serve para acabar de vez com este descalabro social?
Onde estão os políticos, desde os vereadores, deputados e senadores que ao invés de extorquirem prefeitos, governadores e presidentes, para suprirem seus interesses pessoais e partidários, numa real ação DEMOCRÁTICA, não se unem para criarem um mecanismo respeitoso, num sistema chamado SUS que deveria ser o amparo seguro da população, assim como referência de sistema de saúde, para os brasileiros, como para o mundo inteiro?
No nosso país, as ideias brilhantes de assistência pública de todos os níveis, foram cada qual a seu tempo, sendo implantadas e ao mesmo tempo, solapadas como não reais prioridades, ficando os discursos, as ações imediatistas e salvadoras como aí sim, referências de bons governos, ao ponto de se ouvir da coitada que passou a noite no relento, agradecer pelo mutirão, no qual, ela poderá fazer os exames de que necessita.
Essa inversão de valores de direitos e deveres dela e dos governos, chega a assustar, explicando sem delongas e retóricas discursivas de ataque ou defesa, o nível de violência no qual, estamos todos inseridos, afinal, a violência das ruas em nada se compara com a violência psíquica que devastou a percepção da lógica pessoal do que seja desrespeito, indiferença, injustiça, bem comum e vergonha na cara.
Este é apenas um lamento doído de quem consegue se enxergar no lugar de cada mulher que precisa da saúde pública, impotente, nada podendo fazer por um povo sem consciência de si e de políticos abandidados e seus aliados escórias.
Pouco a pouco estamos perdendo o Status Quo de humanos, para nos transformamos em mais o quê, se já nos comportamos como lobos e serpentes, ratos e baratas?
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