quinta-feira, 30 de março de 2023

Mateus 6 e 7

Quem me conhece sabe que não sou uma pessoa religiosa no sentido de professar uma única religião, tudo porque, ainda pequena, descobri a vida, enxergando em cada detalhe um certo Deus que ouvia minha devota mãe falar, assim como as freiras franciscanas do colégio em que estudava.

Esse Deus que eu identificava se mostrava por todo o tempo, e eu, curiosa e confesso, abusada, fui me familiarizando a tal ponto de conversar com ele por todo o tempo, na maior intimidade e dele recebendo de pronto, atenção, consolo, assim como a realização de muitos desejos e quando demorava a atender minhas demandas, lá estava a atrevida Regininha, cobrando com braveza e ainda assim, paciente e amoroso, arrumava uma forma de me fazer compreender que o meu desejo, não correspondia a minha necessidade e também, muitas vezes, sumia para que eu compreendesse que havia passado dos limites, até porque, foi com ele agindo desta forma, que aprendi a ter paciência e resiliência.


Aí, eu fazia as pazes com ele e voltávamos “as boas” e tem sido assim, a nossa amorosa convivência por toda a minha vida.

Em muitas ocasiões ele resolveu me adular e preparou-me tapetes vermelhos por onde surpreendida caminhei, só colhendo os frutos maduros de minha preferência de um lado do trajeto e do outro, belas e polpudas hortênsia, sejam nas figuras de incríveis criaturas humanas ou através de emoções e realizações que fizeram de mim, um ser absolutamente grato e fiel a ele.

As vezes me pergunto, por quê? 

Afinal, sou tão abençoada, mesmo não sendo religiosa e ainda misturo tudo, num ecumenismo de assustar, aos conservadores e aí, ele responde com mais e mais brindes à minha vida.

Nas minhas palestras eu sempre afirmo que quem ler e absorver apenas os capítulos 6 e 7 de Mateus, poderá compreender o que é liberdade de estar com Deus, enxergando-o, sentindo-o em todos os momentos terrenos.

Hoje, mais uma vez pedi e misericordiosamente, ele me permitiu desfrutar da sua presença e de sua bendita inspiração.

Gratidão...

Como então, não ser apaixonada por este Deus, Jesus, Jeová ou seja lá, o nome que lhe queiram dar?

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