Nesta manhã, provavelmente por influência do meu sabiá que desde muito cedinho se exibe para mim, decidi escrever sobre as delícias e azedumes contidos nos relacionamentos amorosos que tanto podem nos levar aos pícaros dos prazeres, como à chamas ardentes do inferno, num único dia de convivência.
Conviver com o diferente, não é tarefa para amadores, no entanto, todos somos amadores, já que não somos devidamente instruídos a este entendimento, mas aí, também penso:
Adiantaria um conhecimento prévio, já que o amor é sempre surpreendente e envolvente, não deixando espaço para um raciocínio lógico?
Pois é...
Concluo que somente o bom senso, a tolerância e a força do querer “DAR CERTO”, serão capazes e direcionar-nos a identificação destas diferenças que, na maioria das vezes, podem ser compreendidas e adequadas a um relacionamento saudável e quiçá, apaixonado.
O que não dá para entender, são pessoas que fizeram juras de amor, permitirem que suas diferenças sejam tão brutalmente opostas, ao ponto de se agredirem física e psicologicamente.
Assim como, permanecerem juntas em meio a uma dolorosa indiferença, seja por qual, motivo for.
Esta busca de uma adaptação das diferenças não pode ser exercida, apenas por um dos parceiros, tornando-se uma terrível submissão o que significa a morte de qualquer sentimento amoroso, afinal, no submisso desenvolve-se a mágoa e no outro, a indiferença e o desrespeito que se manifesta de mil maneiras.
E aí, como não lembrar da música de cazuza que em certo momento diz:
“Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou”...
E quando ela para de tocar, não há tambor, nem mesmo baiano, que a faça retornar, restando a nostalgia do que um dia foi...
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