Há alguns dias um querido amigo me mandou um vídeo onde o tema era um melancólico relato sobre as gerações 50/60,/70/80 como se tivessem sido as últimas em que as incríveis novidades foram aperfeiçoadas e infinitas outras criadas, desde as artes até as ciências, com destaque absurdo para as tecnologias, mas com ênfase inegável na ainda preservação de certos valores que os anos 90 começaram a matar, sem qualquer senso de oportunidade adequada, num enorme primarismo em sequer pensarem em aprimorar , polir, modernizando os que até então, tinham dado mais do que certo.
A banalização do bonito se nivelou ao feio e de mal gosto, sobre os nossos olhares complacentes, crendo que seria coisa da modernidade e que logo passaria, na ingenuidade de não mensurarmos o perigo, quando as linhas dos limites do bom senso são ultrapassados, numa violação sempre debochada de tudo quanto não se enquadre na mediocridade das instantaneidades, sem nexo que a sustente.
Trinta e três anos depois, muitos de nós, sobrevivemos a todas estas tormentas batalhando incansavelmente nos nossos universos pessoais numa tentativa meio que louca de não deixar morrer, o belo, o justo e o nobre em toda e qualquer convivência humana. Talvez, no insano desejo de frear o fluxo do deboche, do mal gosto, do desrespeito.
Faço minha parte e você que não é destas gerações do romantismo, da poesia e do amor, mas que me lê, e ainda me honra com o seu comentário, mesmo que seja no privado, quero que saiba que é graças a você, que tudo tem valido a pena e que nada verdadeiramente estará perdido, enquanto existir um alguém, amorosamente elegante, na difícil posição de resistência.
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