"Texto para ser lido com a devida tranquilidade e atenção, numa busca de um possível reconhecimento e até quem sabe, possível primeiro passo para uma identificação pessoal, deste ou daquele incômodo até então, identificado, mas sem uma explicação de sua origem e permanência".
Depois de algumas tarefas, estou de volta aos meus escritos e as minhas deliciosas músicas, pensando sobre as almas humanas, muitas vezes acorrentadas a um corpo, sem asas para voarem em busca das benditas inspirações, estas, senhoras responsáveis pelos graus elevados de satisfações possíveis de serem vivenciadas pelas mentes em comunhão com seus corpos e então, é possível constatar-se os transtornos que se expressam em mil formas.
Após, muitas pesquisas in loco ao longo das convivências de todos os níveis que registrei nos milhares de apontamentos diários, fui aprendendo a identificar algumas das razões não catalogadas nos manuais científicos, que determinam os desequilíbrios que muitas vezes, se transformam em sérios transtornos mentais e somatizações físicas, que com certeza, são responsáveis pela assombrosa gama de distúrbios emocionais, sem que haja, qualquer deformidade neurológica que a justifique.
Em algum momento da evolução humana, estabeleceram-se regras de convivência do homem com o seu próprio corpo e em seguida aconteceu a inserção da culpa e do castigo, aprisionando a naturalidade, nos labirintos do feio, do pecaminoso, aleijando a criatura humana no aprecio das suas mais autênticas sensações, quando, ideal teria sido, estabelecer-se a adequação respeitosa das mesmas nas intimidades, não por vergonha ou medo, mas resguardo, como se cada uma, fosse pérola de um tesouro incalculável, só indicado a serem expostas no compartilhamento com outro, possuidor de vibrações afins, ao se reconhecerem instantaneamente.
Simples assim...
Esta premissa não se restringe ao tocante a sexualidade, mas no geral das interações da criatura humana com a completude da vida, na qual, está inserida, formatando assim, uma interação sem limites de expansão e integração, criadas por uma natural conscientização da exata avaliativa medida da importância do tudo mais.
Mas não, ao contrário, foram sendo criados panos de fundo decorativos e véus camuflativos que nada mais fazem que criarem imagens que se assemelham a realidade, mas que estão distantes anos luz de refletirem a essência e acima de tudo de expressarem as mais autênticas necessidades dela, que serão sempre únicas em relação a sua condição de ser vivo, criativamente pensante, estabelecido nos moldes de sua própria natureza que não está atrelado e nunca estará, nos ditames das sempre hipócritas conveniências sociais.
Portanto, não é de se estranhar tantos desencontros, vazios pessoais, perdas absurdas de tempo, afrontamentos de todas as naturezas, violências brutais e sem qualquer sentido lógico, ficando a criatura humana, buscando remediações em tudo quanto, sua mente aponta como uma possibilidade em sofrer menos.
Entre as buscas e as decepções, vai-se consolidando a frieza da revolta ou a dor do conformismo, alimentos contaminados que provocam contínuas diarreias emocionais que se expressam em mil formas de distonias pessoais, alterando para mais ou para menos, o funcionamento do sistema cerebral, causando sintomas múltiplos.
Nas minhas infinitas buscas de conhecimento a respeito, esbarrei em estudos do sistema nervoso, através das características e funções dos sistemas simpático e parassimpático que explica cientificamente os efeitos do que o meu curioso primarismo, determinou como diarreia emocional, capaz de desequilibrar todo o sistema digestivo, assim como o seu tudo mais, que se inclui, o emocional e consequentes ações e reações, alterando sua capacidade avaliativa pessoal e interpessoal.
Enfim, em meio a esta parafernália individual, nada mais plausível que a passos largos, na medida em que mais e mais opções são oferecidas em formas de conteúdos informativos de vivência, ir-se consolidando infinitas, maiores e mais desorganizadas formas de desequilíbrio emocional.
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