quinta-feira, 16 de março de 2023

É PRECISO SABER VIVER

Linda retórica, no entanto, o ser humano não é uma exata receita bolo, cada qual é único e intransferível, assim como a forma de receber e processar as informações que começa a receber ainda no ventre da mãe.

Então, como esperar que hajam todos da mesma forma como se fossem cópias, alteradas na cor e na estética física?

Qual ser humano não deseja saber viver? 

Literalmente, todos acham que sabem, a seu próprio modo e assim, a confusão se estabelece, os desencontros acontecem, as frustrações se apresentam diferentemente à cada um.

É preciso antes de tudo ser forte, resiliente e extremamente observador.


Claro que depois de trocentos anos de existência, o ser humano, desenvolveu algumas regrinhas que ajudam muitíssimo a ir vivendo mais suavemente, mas saber viver é uma falácia para que se acredite que é possível, atingir-se o Nirvana em meio a esta selva denominada civilização.

Na realidade, quando muito, vai-se ao longo da vivência absorvendo-se aprendizados que vão tornando o ser humano mais atento, astuto e garantidor de si, mas mesmo neste aspecto, costuma errar feio e tudo porque, a arrogância em se achar o sábio e senhor de si, geralmente mais que os demais, cega-o do obvio que se estampa diante dele ou interiorizado nele nas mais diversas doenças provocadas pela somatização de emoções nefastas ou um tudo mais que a sua inconsequência ingere.

Viver na mais pura realidade é um caminhar contínuo, onde o observar vai construindo na absorção sensorial, cerebral e emocional, um modelo próprio, com traços marcantes da hereditariedade física e emocional em sua básica essência.

A vivência é como um pincel, nas mãos de um artista plástico, que traça, retoca, colocando a ênfase de sua visão pessoal, neste ou naquele aspecto que lhe parece mais próximo de suas visões.

Muitas vezes, percebe que não conseguiu retratar tudo quanto gostaria, neste ou naquele aspecto, então, corrige, mesmo que aos olhos dos demais, a obra esteja ótima, quantas vezes for necessário, afinal, busca a perfeição de seus traços, cores e nuances.

Todo humano em seu cotidiano, deveria fazer o mesmo, mas como, se apesar de ser único, persegue, muitas vezes alcança, mas se esquece de respeitar os seus limites, numa tentativa absurda em adaptar-se ao gosto dos demais e para tanto, justifica a si mesmo, dizendo que é por amor, crença e tudo mais que lhe chega em bandeja da criatividade, mas na realidade, esquece de buscar pra si, o simples prazer de usufruir o que realmente necessita  e o coloca bem próximo das vibrações únicas da completude pessoal, exclusivamente por medo, insegurança e o que é pior: “O QUE OS OUTROS IRÃO PENSAR”? Que na realidade é o resume tudo isso e muito mais, no que se inclui, a total não percepção do fim, que afinal, pode até tardar, mas jamais falta.

É preciso aprender a viver, mas antes, é preciso aprender a se amar...

Portanto, mudemos, quantas vezes for necessário, afim de que possamos usufruir o Nirvana de nós mesmos.

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