E aí, lendo apenas manchetes, pois, confesso que não tenho mais paciência para ler uma notícia completa, já que as mesmas ou são absurdamente repetitivas ou inúteis, pois, abordam temas levianos e em sua maioria escrotos.
Penso que está tudo muito chato e que o jornalismo, a cada dia, desce ladeira em velocidade assustadora.
De repente, saber a cor das cuecas e calcinhas das celebridade ou as traquinagens dos artistas em sua maioria, estreantes à famosos e até mesmo, curtir, lambendo os beiços de inveja, as bizarrices dos novos ricos em suas ostentações cafonas e exageradas, seguidas de trocas contínuas de parceiros de cama, crendo ser mais moderno e evolutivo que ponderar quanto, a decadência do real carinho e respeito que dever-se-ia possuir nas convivências, já que no momento, o determinante é se sentir um alguém que está antenado e se comportando como VIP dos tempos atuais.
O escracho tomou a dianteira, se fingindo famoso e chique, dando espaço para a breguice se transformar em celebridade e juntos, sem qualquer cerimônia, invadem as mentes ainda em formação e nas dos incautos idiotizados na ilusão de que todos são iguais, desconsiderando os índices alarmantemente crescente das violências urbanas e suburbanas, em todas as esferas dos relacionamentos humanos.
Vejo aterrorizada os idiotas transformados em salvadores disto ou daquilo, os extensos currículos, acompanhados de altos salários, sem conteúdo que os represente e os ladrões, vigaristas e abusadores da miséria humana, como heróis da gentalha mal nutrida, sob os aplausos de uma plateia idiotizada, pelo vulgar e por uma ideologia mofada.
Saudades, como não sentir dos limites que nos norteavam, das famílias que nos educavam, das escolas que nos preparavam, dos artistas que nos encantavam com a grandeza de suas artes, do respeito que com sutileza, encobria as vísceras nem sempre saudáveis, possíveis a cada criatura e que sempre existirão, onde homens e emoções convivam, onde a individualidade e o poder de escolha, sejam as características inalienáveis das criaturas humanas.
De repente, todos precisam pensar e agir, exatamente igual. Isso sim é mais que utopia, por ser uma indução maldosa e destruidora do discernimento da autonomia, princípio básico da liberdade .
Enquanto, isso ocorre, a fome se multiplica, a ignorância prospera e a vaidade mata.
Estamos nos transformando em vultos fantasiados, sem alma e sem amor.
Que pena, meu Deus!!!
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