terça-feira, 9 de maio de 2023

CARCARÁ, VOA QUE NEM AVIÃO...

A chuva deu uma trégua, só não sei até quando, no entanto, qualquer pouco é muito, quando não se tem quase nada.

Essa é uma premissa que sempre me incomodou, pois, ao pensar nela, sinto um conformismo que me incomoda, afinal, não é por nada possuirmos  que devemos nos conformar, já que acredito que o senso de qualidade, não deve se moldar ao mais ou menos ou ruim, crendo que já que nada tenho, ao ter, quero o melhor e pensando assim, mantenho intacta a certeza de que mereço o melhor, não permitindo que o derrotismo e a baixa estima se apodere de meu senso crítico.


Pensando sobre isso, recordo o que uma amiga ontem, ponderou comigo em relação aos movimentos supostamente políticos que visam a união dos também supostamente contrários com a finalidade em derrotar a atual gestão, como já foi feito várias vezes, num passado recente e que se revelou uma estratégia de sucesso, mas que não só não quebrou os abusos  em relação aos cofres públicos, como ainda, trouxe para o cenário, novos abusivos  achacadores, num continuísmo feio e grotesco.

O  aparente lógico argumento, jogo por terra, afinal, se estas mesmas pessoas estivessem imbuídas em verdadeiramente quebrarem o ciclo dos abusos e lesas pátrias, certamente, se uniriam e cada qual, buscaria junto aos seus poderosos relacionamentos políticos e sociais, formas justas e punitivas para o aqui e agora, porque, afinal, por mais esculhambada que esteja a nossa justiça,  ela ainda existe e adora uma pressão, mas como o que pretendem é tão somente destronarem para ocuparem, usam os velhos métodos, cada vez mais aperfeiçoados.

Isso que estou descrevendo pode ser constatado ao longo da história não só da cidade como do país como um todo.

Penso então, que ao aceitarmos o inadequado, mesmo que com aparência colorida das boas intenções ou inseminada na cultura atávica do local ao qual, pertencemos, tendo tido parâmetros diferenciados que diferem, exaltando a qualidade e a humanização como conduta, permanecemos numa doentia submissão e o que é ainda pior, que é a mescla em nosso senso avaliativo dos conceitos do certo e do errado.

Para os que se unem numa suposta frente de “combate santo”, tudo passa a ser absolutamente normal, já que existirá sempre uma justificativa aparentemente aceitável para o referido comportamento, não se quebrando assim, o circulo postural, numa manutenção perversa do que hoje é comum em nosso país, que é justo, a banalização dos princípios básicos da decência e do respeito a vida e ao bem comum.

Portanto, compreendo a rejeição existente quanto a minha forma simples, direta e lógica de apresentar os CARCARÁS disfarçados de PIPAS COLORIDAS  que que já se mostram no céu aberto da sempre carência da população.

Improbidades, ladroagem, corrupção, ou seja, lá o nome que se queira dar, se pune com as leis e a justiça, através de pessoas que se unem as claras e respeitavelmente, tão somente, imbuídas em mudar a história perversa de um local.

Todo o restante é conversa fiada, amparada num esforço de anseios lucrativos para se alçar o poder. 

“Carcará

Lá no sertão

É um bicho que avoa que nem avião

É um pássaro malvado

Tem o bico volteado que nem gavião”

Carcará, pega, mata e come.

CONCLUSÃO; Não podemos mudar o país, mas com certeza, podemos alterar as mazelas atávicas de nossa cidade.

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