domingo, 31 de julho de 2022

Especial Vera Cruz 60 anos: a emancipação

Mar Grande, como era chamado o atual município de Vera Cruz era um espaço dinâmico, pois possuía fábricas de Cal e olarias cujos produtos eram levados em saveiros para Salvador. Segundo pessoas mais antigas, todo o lucro era revertido para Itaparica, que era a sede municipal.


Com isso, um homem de nome Pedro Martiniano Rodrigues Menezes, conhecido popularmente como “Pedro Piroca”, iniciou uma campanha visando a emancipação, segundo a história oficial juntou-se a ele o netão vereador Edgar Souza Coelho. No entanto, para tal separação, era necessário o apoio maciço dos nove vereadores. Vale destacar que a Câmara Municipal estava instalada em Itaparica e legislava sobre toda a ilha e também sobre o Distrito de Salinas, que também lutava por sua emancipação.


No dia 16 de julho de 1962, ocorreu uma sessão a respeito da emancipação. Dos nove vereadores, apenas o presidente da casa, Jutahy Magalhães faltou. Salinas conseguiu a emancipação facilmente, mas Vera Cruz não obteve unanimidade. Dos oito vereadores, apenas um votou contra a emancipação. Esse vereador em questão se chamava Vicente Gonçalves da Silva, que foi prefeito de Itaparica, posteriormente.


Aprovada a ata, a resolução foi encaminhada ao deputado estadual Jorge Calmon, que enviou à Assembleia Legislativa, a partir daí, o projeto foi acompanhado pelo deputado major José Elói. Posteriormente, no dia 30 de julho de 1962, Adalício Nogueira, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, no exercício do cargo de Governador da Bahia, em substituição a Juracy Magalhães, sancionou a Lei Estadual nº 1773, lei essa que emancipou Vera Cruz, sendo publicada no Diário Oficial no dia 31 de julho de 1962.

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