sexta-feira, 22 de julho de 2022

BRINDANDO A VIDA...

Estou aqui pensando nesta sexta-feira que viver, prestando atenção nos sinais que a vida oferece é na realidade o único elixir capaz de nos garantir uma saudável existência, não importando o que venhamos a sofrer por imposição do sistema, dos hábitos herdados e encruados em nossas mentes, pois, haverá sempre uma fresta de luz sinalizadora e ao mesmo tempo, nutridora de onde poder-se-á extrair subsídios restauradores.

Nesse instante em que escrevo, travo por completo, afinal, aonde encontrarei, enquanto observo o passado e o presente, palavras que descrevam o que sinto sem que eu não impressione e até choque com a crueza da realidade que enxergo e verdadeiramente sinto, mas que nem por isso, é capaz de abafar em mim, a sensação harmoniosa de que tudo enfim, valeu e ainda vale a pena ser vivido?


Não há nada mais assustador e grandioso ao mesmo tempo que o ser humano, se o observarmos sem qualquer inerência emocional apaixonada, diga-se de passagem, praticamente impossível de se evitar, todavia, não sei bem porquê, ao longo da vida, consegui identificar detalhes camuflados e ainda assim, aceitar conviver, ciente de minha responsabilidade de consciência, portanto, não podendo mais adiante, lamentar, culpando a outros ou ao Deus /Diabo e até mesmo, ao desconhecimento, como se tudo que veio à tona, fosse uma enorme surpresa.

Afinal, percebi ainda jovem que é assim que o ser humano procede nos seus relacionamentos de qualquer natureza.

Ele enxerga o diferente e muitas vezes o contrário de suas idealizações, mas arrogantemente estúpido na sua própria vaidade, acredita que modificará o outro, moldando-o a seu bel prazer ou simplesmente, está tudo tão bom que opta em deixar quieto.

Não é verdade?

Percebi que nada, absolutamente nada nas posturas das pessoas acontece de repente, podem sim, evoluir, jamais retroceder, afinal, nossa essência, só aceita o que lhe é afim, pois, somos o que somos, num determinismo naturalista impressionante, se analisarmos como eu disse anteriormente, sem paixão avaliativa.

Então, sabedora de que “enganamos” um ao outro, tudo fica menos doloroso, afinal, jamais haverá surpresas no bailar cotidiano de qualquer tipo de relacionamento, cabendo a cada um de nós, o estabelecimento dos nossos limites de aceitação.

Simples assim...

Se assim fosse, não haveriam tantas violações, justo porquê, definitivamente, não observamos sem paixão de qualquer espécie, seja qual for a situação em que nos sentamos tentados a nos inserir.

Sou mestre em apreciar o inusitado, observando e me deliciando com os movimentos comportamentais e cabei doutorando-me na convivência, sempre e a cada momento, extraindo tudo quanto de alguma forma me causa prazer, mantendo um distanciamento saudável a minha própria saúde emocional.

Amo porque, amo, quero porque, quero e sou assim porque, sou, sempre num brinde à vida.

E aí, para mim é simples assim...

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