Maravilha é quando somos capazes de identificar a nossa vocação e poder a ela nos entregarmos de corpo, alma e coração, sem qualquer dúvida ou receio de estarmos equivocados.
Desde muito cedo, compreendi que a minha vocação era a contemplação e a escrita, meios pelos quais, eu poderia descrever as maravilhas que se descortinavam diante de meus olhos e inegavelmente, a criatura humana se destacou por todo tempo.
Todavia, pressionada pelo sistema social, direcionei-me a exercer tudo quanto, pudesse alimentar os anseios primeiro da sobrevivência e logo em seguida do consumismo, ficando a essência de minha vocação, tão somente como um ideal perdido em mim mesma, fazendo de mim, cada vez mais, uma abastada infeliz, até o ponto em que, já não conseguia defini-la em minha mente, restando apenas uma ansiedade em querer romper com tudo e começar de novo, fazendo deste desconforto, um novo ideal.
Fácil, rápido e sem dor?
Neste instante, respiro fundo podendo em segundos, rever uma trajetória loucamente doída, afinal, dizer adeus a tudo quanto aparentava segurança, não é uma decisão fácil...
Mas aí, sem filosofia, palavras bonitas, mas muita determinação em seguir por um caminho cujo destino não era preciso e nem claro, só mesmo a certeza de que eu nasci para aprender, como se minha mente fosse um cesto enorme à espera da devida ocupação.
E a cada aprendizado, meus olhos brilhavam, minha escrita se aperfeiçoava e o meu entendimento existencial se completava.
E aí, como ontem, estar dirigindo e alguém passar por mim, montado numa moto buzinando e gritando: DONA REGINA, EU TE AMO...
Deus é tudo de bom que a vida me oferece e que eu, humilde me curso afirmando por todo o tempo:
Consegui, Oh! Meu deus, consegui atravessar uma vida, exercitando a minha vocação que se resume em ser absolutamente feliz, cercada de paz e exalando
gratidão
por todo o tempo.
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