domingo, 10 de julho de 2022

MOLDES DOS NADOS LIVRES...

Depois de conversar nesta manhã com minha querida amiga de uma vida inteirinha e levar alguns “pitos” pelas minhas escritas imprudentes, justo porque ela sabe que sou um pássaro de uma outra esfera vivencial, perdida nesta seara, onde a maledicência faz morada, fico pensativa crendo que sempre fui um perigo para mim mesma, em qualquer situação, arrastando nesta minha alienação o desavisado, só mesmo contando com o bendito Deus a enviar-me amigos atentos a alertar-me.


Passei toda a minha vida residindo num mundo que de tão real, só existe na minha tenacidade em crer que a vida é bela e sem maldades e deste mundo não sair com frequência, só mesmo, deixando minha alma esgueira-se através de meus escritos.

Como de hábito, sou incapaz de imaginar que o outro fará isto ou aquilo, afinal, como sabe-lo se não o faria e sequer o cogito em minha mente, assim como o que afirmo falando ou escrevendo é o reflexo nítido do que vivo, penso ou imagino e aí, só mesmo a sapiência dos amigos para socorrer-me, já que o meu socorrista oficial se foi.

Se não pude copiar os nados livres de minha mãe no mar bravio de Ipanema, fiz deles, moldes fiéis para o meu jeito de ser e de viver, oferecendo através de mim, braçadas ritmadas ao meu espírito, fazendo de cada uma delas, abraços íntimos com a liberdade, buscando folego nas necessárias pausas e inspiração no céu que jamais deixei de olhar a cada breve instante.

Que coisa, viu...

Sou fruto do mar e nele sinto-me na paz de minha própria casa, mas enquanto meu corpo goza com as carícias das marolas, minha mente rebelde segue os pássaros e as borboletas em seus sempre surpreendentes voos, na procura incansável de novas paragens, onde totalmente energizada, registro minhas descobertas emocionais através dos meus benditos ais...

Portanto, sou polígama de essência, não me bastando apenas o manipulador mar, precisando dividir-me também com o espaço aberto, num convívio apaixonado com as asas da imaginação. 

E nestas relações deliciosamente amorosas, com as quais sou absolutamente feliz, esqueço-me da crueza dos julgamentos alheios e tão somente, exponho uma Regina, exatamente com é; livre...

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