quarta-feira, 27 de julho de 2022

CONSCIÊNCIA HUMANITÁRIA

Conversando com um querido amigo de muitos anos e que é como eu, um apaixonado por esta cidade, argumentei as razões pelas quais, ainda hoje, na altura de minha vida, ainda permaneço nesta batalha diária junto aos políticos, não esmorecendo jamais, até mesmo quando, sou alijada, pejorativamente atacada, afinal, também isso faz parte das defesas inconsistentes, todavia, o que realmente importa é o que sinto e por que sinto.
Puramente coerência e amor por esta terra e essa gente que me fazem a criatura mais aventurada do mundo.

Ponderei com ele que, jamais me conformei com o fato de termos tido, nacional e mundialmente nativos que nos trouxeram infinito orgulho, mas, por algum motivo se esqueceram de dirigir os holofotes de seus sucessos à nossa Itaparica, arrebanhando um progresso maior e um sustentável amparo educacional.
Mas também compreendo que não morando aqui e com seus inúmeros compromissos, não seria uma tarefa fácil, todavia, insisto na convicção de que cada cidadão que tenha conseguido espaço para crescer e se realizar de alguma forma, deveria preocupar-se em oferecer um bendito retorno ao seu berço.
E foi baseada nesta premissa que na medida em que minha vida foi ganhando paz e serenidade que também, meu senso de gratidão foi se ampliando, pois, doía-me assistir nativos, sufocando nativos com suas vaidades, ganâncias e indiferenças com a mortífera fome e desamparo social impossível de não ser reparada.
Sempre tive a convicção de que o pensar e o registrar fez o mundo evoluir, por esta razão, escolhi a filosofia como caminho maior de conhecimento pessoal.
Provavelmente, não estarei neste mundo para assistir minha Itaparica crescer com o seu povo vivendo com a dignidade que merece, mas terei feito minha parte, terei dado a minha pequena contribuição, diante do muito que sempre recebi.
Meu dedo chamais esteve em riste para acusar, mas somente para lembrar que é sempre possível ser um político atuante ou uma pessoa pública e ainda assim, ser capaz de não perder a visão do seu entorno, doando um pouco que seja de sua gratidão, não se tornando um cumplice silencioso da escravização daqueles que não tiveram a mesma sorte ou oportunidades.
Itaparica, assim como cada pedaço deste nosso país, há de mudar, quando, cada ser humano que tenha um mínimo de consciência humanitária, conseguir ter um olhar amoroso sobre o tudo que o cerca.
Difícil, lento, mas não impossível, basta pensarmos na trajetória histórica da humanidade.

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