E aí, sempre voltada às observações, mas também abastecida de uma dosagem altíssima de paciência, porque, há muito compreendi que o meu tempo, não necessariamente é o tempo do outro, amanheci nesta quarta-feira, mais que pensando, pois, concluo após anos e anos a fio, que a minha cidade, aquela que eu amo e escolhi para viver e confessando ter sido os mais tranquilos anos de minha vida, vive exatamente o que deseja viver, não porque acha que seja a melhor forma, mas porque, o atavismo é tão violentamente paralisante, que a impede de ousar, além de tão somente, vez por outra, arriscar com o aparente diferente, começando com este, uma nova história de servilismo e precariedade.
Um ciclo que não se rompe...
Há muito, quando comecei a despir-me dos pesos extras e desnecessários, nada teria sido possível, se o primeiro ato, não tivesse sido, jogar por terra a déspota vaidade, que como um cadeado enferrujado, prende inevitavelmente toda e qualquer espontânea liberdade.
Dela me livrei, deixando minha mente e alma para fazerem o que precisava ser feito, sem qualquer maior perspectiva de retorno compensatório.
Bobice, babaquice, tolice, talvez, se avaliado pelo ângulo viciante do sistema, onde vence quem é mais esperto, todavia, minha busca existencial de vitória é outra, fardo bem mais leve para carregar, dando-me tranquilidade para parar sempre que me apraz em pausas benditas, afim de ouvir os pássaros, enxergar as cores e sentir os aromas da vida e através deles, compreender com nitidez o primaríssimo entendimento de acharem que estão me usando.
Sem desnecessários pesos vivenciais e emocionais para carregar, sinto mais nitidamente as minhas pisadas nesta caminhada de vida que decidi em algum momento, que seria de total liberdade, onde a visão não se estreita e a pequenez, não faz morada.
Simples assim..
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