Amanheço e tenho a impressão que o tempo está como as marés mortas, tudo parado, nem uma só brisa bailando entre as folhas do coqueiro, que dirá da mangueira com seus grossos galhos, o céu está totalmente acinzentado, sem qualquer amostragem de um solzinho eminente e tão pouco, o friozinho se faz presente, mas também, nada de calor, como se o tempo tivesse parado ou tão somente, tenha feito uma pausa, por estas paragens, mas os pássaros cá estão com suas cantorias, no entanto, até eles, estão como eu, tímidos na estranheza ou seria melhor dizer, cautela diante do que poderá vir de um instante para o outro.
Será que vai chover ou é mais um aspecto do inverno que estamos presenciando?
Talvez, mais tarde o sol apareça para iluminar e aquecer as nossas almas e aí, pensando nas muitas facetas que os amanheceres já me mostraram, penso nos seres vivos, cada qual, com suas especificidades e no que são capazes de fazer para, não só se resguardarem, mas também para usufruírem desta vida que se bem observada é sempre generosa e capaz de mesmo em meio as tempestades, enviar sinais para nos alertar quanto a procura de um abrigo seguro, afim de esperarmos a tormenta se acalmar.
Afinal, nada é de repente e tudo pode ser previsto no universo, através de suas benditas sinalizações.
Mas quem de verdade, presta atenção nos sinais?
Daí, tantas supostas surpresas se apresentam, tumultuando e fazendo sofrer, isso, quando não exterminam com o desatento.
Não chove lá fora, mas sol também não se faz presente, o que me leva a pensar que, prudência é um hábito que devemos aprender com os demais elementos da natureza, mestra sábia de todos nós.
Enquanto escrevo, um tímido sol aparece, todavia, pelo sim pelo não, os pássaros continuam camuflados entre os galhos das árvores, apenas observando...
Eles cantam e eu escrevo, ambos quietinhos, apenas observando a definição final de como ficará o senhor tempo, no dia de hoje.
Pressa? Pra quê?
Nenhum comentário:
Postar um comentário