Pois é, hoje amanheci pensando no quanto a política partidária é tendenciosa, na medida em que só age nos momentos em que de alguma forma poderá influenciar no resultado de qualquer eleição, ficando as básicas e desesperadoras necessidades do povo em planos secundários, dando-se preferência as ações, cujo valor agregativo ofereça um maior retorno nas urnas.
Observem que para que uma ação de qualquer natureza não caia no esquecimento, as gestões sejam municipais, estatuais ou federais, só acontecem próximo das eleições e, ainda assim, somente as de efeitos impactantes, onde as inaugurações com bandinha de música, fogos de artifício e o tudo mais que o barulho proporcione ao referido candidato.
O povo sabe que está sendo manipulado emocionalmente, mas fazer o quê, se há muito estabeleceu-se este comportamento safado?
É possível mudar todo este processo grotesco do “ME ENGANA QUE EU GOSTO”?
Restringindo meus comentários a área municipal, observa-se que os deputados neste período eleitoral, desfilam em todos os eventos que generosamente a gestão (esta ou qualquer outra), providencia e é claro, convida e dá-lhe fotos para divulgação de emendas em sua maioria conseguidas, mas que raramente chegam por motivos diferenciados e algumas chegam e por algum motivo que só o diabo é capaz de explicar não são aplicadas a favor do povo.
Os prefeitos, seguram as rédeas dos recursos públicos na realização das benditas ações, enchendo linguiças com inaugurações de pracinhas, festinhas, obras meias bocas e escassas, publicitando ações sociais que já fazem parte de uma rotina de amparo aos mais necessitados, quando possui recursos para de verdade, mudar um histórico triste e mazelento, para próximo das eleições, produzir alguma obra de impacto que encha os olhos do sempre ludibriado povo.
Sim reconheço que sou chata nesta minha contínua cobrança, afinal, não dá para ficar de braços cruzados apreciando este espetáculo mambembe a cada dois, quatro anos, enquanto lucida, percebo claramente o engodo acontecendo.
Engodo de uma falta de continuidade e efetividade na distribuição dos remédios nos postos de saúde, na lama e no lixo a céu aberto, na farofada das inaugurações midiática, na enganação de desperdício do erário público com compras e contratações sem o menor sentido numa cidade, onde a pobreza é a consequente fome é a bandeira hasteada permanentemente, seja lá qual for o prefeito, sempre muito generosos com eles mesmos e seus aliados, com a supervisão auspiciosa de uma câmara de vereadores sempre muito cega e muda em relação a instalação de novas condutas administrativas, enquanto o povo sofre ao ponto de já estarem acostumados a que nada substancial irá mudar suas realidade, crendo que POLÍTICA E POLÍTICO SÃO ASSIM MESMO...
E com isso, mantém-se no atavismo e na desesperança, aceitando migalhas e esperando eternamente um salvador da pátria, quando, somente ele(povo) é capaz de mudar esta regra grosseiramente desumana, utilizada por esta classe que é eleita para justo, defender o povo, mas que prefere seguir ao pé da letra o ditado popular onde afirma-se: “Se o pirão é pouco ou muito, meu prato primeiro”.
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