sábado, 31 de dezembro de 2022

VOA, REGININHA VOA...

Depois de uma noite alegre e descontraída na companhia de pessoas queridas, cá estou neste último dia do ano, ouvindo meu velho parceiro Chopin e pensando o que me espera no próximo ano que é, logo ali, amanhã.

Penso também o que será do meu Brasil, quando a alvorada de um novo dia se fizer presente, iluminando o céu de Brasília, abrindo novos tempos com as velhas lideranças.

Olho para o céu de minha Itaparica que se mostra pronto para liberar o sol que mansamente, vai abraçando as copas das árvores e como amantes apaixonados que se encontram e se entregam, sem medos e pudores.


sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Love Me Tender

Neste meio da tarde, ouvindo Elvis Presley em especial esta belíssima canção, escrita com sensibilidade, desenhando em palavras e notas musicais, exatamente como deveriam ser, não só os romances, mas o convívio humano e sua atenção ao tudo mais.

É tão mais fácil o convívio harmonioso, deixando escoar de cada pessoa, o seu melhor em pequenas atitudes que solidificam a paz, a confiança, o carinho, as afeições e principalmente o respeito.

Se ao cuidarmos de um jardim, um canteiro ou apenas um plantinha num singelo vaso, cada qual, nos devolve em belas texturas, deliciosos perfumes e até, em sabores únicos, o que dirá o ser humano, capacitado com espírito e alma?


REFLEXÃO DE FINAL DE ANO

Sinceramente enquanto jovem, o tempo não existia além das perspectivas a curto prazo, mais adiante, com o natural amadurecimento cronológico , mas principalmente em relação as constatações sistêmicas e é claro, no meu caso em especial, pela natural paixão pela vida, fui compreendendo que a postura de apenas observadora, não me bastava, afinal, eu precisava ir mais adiante, como se quisesse segurar o boi pelo chifre para então, olhar bem dentro de seus olhos, para no mínimo entender sua passividade, frente a sempre servidão.


TU ME SONDAS...

Eu sei que me sondas, até mesmo enquanto durmo...
Acordei pensando em Deus, o que não é nenhuma novidade, afinal, meus amanheceres são sempre observando e exaltando a natureza, expressão viva da presença do criador.
E aí, penso no quanto vazio deve ser um ser humano, sem tê-lo como parceiro de vida.
Sem Deus, não há fé e sem fé, não há esperança e sem esperança, não há liberdade e sequer amor.
Que nesta sexta-feira, a dois passos do início de um novo ano, consigamos refletir, buscando em nós, uma centelha da humanidade que ao longo dos nossos caminhos vivenciais, foram se dispersando em meio as pressões sistêmicas ou se nublando com as nuvens das dúvidas, das perdas e das dores íntimas, para que possamos começar um novo e surpreendente capítulo de nossas histórias pessoais, onde tudo pode faltar, menos o respeito a nós e a vida em suas variadas expressões.
Afinal, em cada uma delas, lá está aquele bendito Deus, provedor das nossas reais necessidades...
BOM DIA, brindando a vida!



quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

FASCINAÇÃO

O céu ainda está escurinho e eu, já estou diante do notebook bebericando o meu pingado e pensando no quanto o ser humano é fascinante a começar por mim, afinal, enquanto eu viver, certamente me sentirei uma bolacha gostosa, uma fruta fresca, uma flor e até mesmo, uma estrela, por que não?
Não pensem que esta senhorinha enlouqueceu às vésperas de um novo ano ou perdeu de vez o senso do ridículo.
Ao contrário, a cada amanhecer mais lúcida e recoberta da realidade me sinto, somente lamentando que nem sempre tenha tido esta clareza de consciência, mesmo tendo uma força estranha que me movia e me tornava simpática a mim mesma.


TUDO DE BOM

Comecei o dia de hoje como de costume centrando-me no melhor que a vida pode oferecer que é ela, despida de qualquer fantasia sistêmica, com suas texturas, aromas e sabores e agora, neste finalzinho da tarde, penso que sempre foi desta forma que senti não só a vida como a tudo que nela existe, procurando fazer por todo o tempo analogias entre a natureza e as pessoas, sentindo-as de forma intensa.
Nem mesmo em épocas, envolta em infinitas atribulações, se não podia contempla-la, nela me refugiava e de seu interior morno e sereno e mesmo machucada emocionalmente, fui capaz de reerguer-me sempre mais forte, rija e determinada, não havendo uma só ferida que fosse capaz de desanimar-me ou o que teria sido pior, roubar de mim a inspiração de poder enxergar uma estrada a minha frente margeada de hortênsias, tal qual, a que minhas retinas fotografaram inúmeras vezes em que com o rostinho na janela do carro que percorria a Serra de Petrópolis, meus olhinhos de apenas uma garotinha, tatuaram em minha alma.
Olho então, neste momento através da janela, podendo enxergar a noite sorrateira se aproximando lentamente, assim como uma solitária borboleta plainando num galho da amoreira, enfeitando o jardim só para mim e aí, Sarah Vaughan, cantado The Shadow Of Your Smile ( a sombra do teu sorriso), completa o quadro de vida e beleza deste dia incrível que está chegando ao fim, mas deixando pra mim, tudo de bom...



quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

VIVENDO E MORRENDO NA PRAIA

Incrível e extraordinária é a capacidade de Alex Cruz em dissecar banda por banda um porco e depois, meticulosamente ir limpando as tripas, virando-as do avesso, raspando precisamente os detritos, muitos já putrificados, assim como sem qualquer pudor, ir expondo detalhadamente as vísceras, descrevendo-as para horror dos mais sensíveis, mas provocando orgasmos múltiplos em outros, geralmente, apreciadores dos filmes de suspense e terror.


PARECE OUTONO, MAS É VERÃO...

Adoro acordar, andar pelo jardim e sentir a grama molhada pelo orvalho ou como vem ocorrendo nestes dias através da chuva leve que chamo de garoa, que pela noite a dentro, rega com sua vida, a própria vida.

O piso está coalhado de folhas secas caídas da mangueira, precisando ser varrido diariamente, como se outono fosse, o cheiro da vegetação úmida, faz saltar da terra os filhos pródigos dos infinitos aromas que, quando percebidos, adentram em mim como néctares e aí, penso que talvez, sejam esses nutrientes que os beija-flores buscam, afim de manterem-se leves plainando nos espaços, tal qual, me sinto.


Alegria sempre...

 

Maravilha é poder sentir os sabores que de tão gostosos, parecem que são elixires de satisfação e é exatamente assim que estou me sentindo depois de degustar algumas coxinhas da asa de frango assadinhas. 

E como uma moleca, chupando os ossinhos e sentindo os olhos sorrirem...Bom demais da conta...

A gente precisa de muito pouco para verdadeiramente nos sentirmos extasiados e absolutamente felizes, por um instante ou por todo o tempo, afinal, este, seja qual for, quando bem absorvido, permanece por longo tempo atuando, renovando, operando milagres...

Agora estou escutando uns sambinhas! 

“Você não me ensinou a te esquecer”

“Senhora Tentação”

Quando eu não puder mais pisar na avenida e minhas mãos não puderem mais digitar a minha alma, não esqueçam do meu pedido final.

“Não deixem o samba morrer”

Alegria sempre...



terça-feira, 27 de dezembro de 2022

MANHÃ APRESSADINHA...

Esta manhã de terça-feira, está indo embora rapidinho, como se estivesse com pressa e de repente está, afinal, faltam apenas quatro dias que amanhecerá como representante matinal de 2022, portanto, deve estar ansiosa para vestir-se de manhãs de 2023 e eu, sem pressa alguma, ouço músicas, escrevo textos e como uma feliz vagabunda assumida, vez por outra aprecio o sol que insistentemente doura as copas dos limoeiros, da mangueira, dos lírios e do tudo mais que adorna o meu singelo quintal, fazendo dele meu paraíso de onde extraio minhas inspirações e onde guardo entre os seus aromas naturais os meus sentimentos.


SANTA IGNORÂNCIA...

Durante anos a fio, venho escrevendo sobre a ligação que é possível de se ter com as forças cósmicas, num intercâmbio vibracional de energias inteligentes, sem a este conhecimento que fui descobrindo em mim lentamente desde a infância, sem no entanto, jamais ter dado a este fenômeno absolutamente natural um nome específico ou relacionando-o a qualquer manifestação religiosa o que sempre foi ponto de algumas polêmicas entre amigos mais íntimos que insistiam tratar-se de incorporações mediúnicas.
Como sempre levei ao pé da letra a afirmativa; Só sei que nada sei” supostamente dita pelo filósofo Sócrates, optei em não criar discordâncias, afinal, pelo menos para mim, estas manifestações tão presentes em minha vida eram e são até o momento, extremamente gratificantes e me permitem por todo o tempo, usufruir de uma mais que sensação, porque é real e palpável no meu todo de criatura humana.
No entanto, há poucos dias nas minhas incansáveis buscas por conhecimentos variados, deparei-me com um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado, denominado sincronicidade e aí, senti-me confortável, pois as teorias do referido mestre da psicologia, coadunava-se com as minhas visões.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

A FICHA CAIU...

Neste pós Natal, numa segunda-feira acinzentada pelo menos por aqui em minha Itaparica, cá estou ouvindo uma seleção de belíssimas melodias instrumentadas e os pássaros que lá do jardim me enviam suas benditas vibrações sonoras que me inspiram agora e sempre, em meus mergulhos pessoais, resgatando emoções e sentimentos que me forjaram.


domingo, 25 de dezembro de 2022

FINALMENTE NATAL...

Ao abrir a porta da copa, fui abraçada pelo sol que amavelmente a seu modo, desejou-me um bom dia e ainda envolta nesta demonstração amorosa, imediatamente lembrei-me de uma frase do filósofo grego Aristóteles, dedicado aluno de Platão.
“A natureza é pura generosidade”.


sábado, 24 de dezembro de 2022

IGNOMÍNIA DA HUMANIDADE

Hoje é véspera de um suposto nascimento de Jesus, mas como a data se firmou as necessidades e gostos da humanidade, cá estamos mais uma vez, nas correrias dos preparativos finais e habituais desta data tão importante do calendário religioso e consequentemente comercial.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

FELIZ NATAL

Ah! Senhor, diante de ti, curvo-me e agradeço.

Olho ao redor e em tudo que enxergo, vejo-te refletido

Respiro fundo e tenho a impressão que adentras em meu interior

Passo meus braços ao redor de mim mesma e posso sentir o teu calor amoroso a me estreitar.

E ao sentir sede, sorvo-te através da água, bendito alimento de pura vida

Mas é quando sinto medo que me envias os aromas e os sabores, para que eu me embriague de ti e adormeça, com a certeza absoluta de que silencioso, zelas por mim.

Que as energias benditas deste universo, que nada mais são que os canteiros de nossas existências, estejam nos amparando nestes dias natalinos, inspirando-nos a torná-los uma constante em nossos dias futuros, para que possamos a cada instante vivido, eternizarmos o melhor de nós, fazendo parceria com o divino.

Um enorme beijo em cada amigo online, acompanhado da minha gratidão pela troca de carinhos e atenções.

UMA FELIZ NOITE DE NATAL!!!!!!



AMOR SEM FRONTEIRAS

Tem dias que ensaio escrever sobre a minha Itaparica, mas sempre receosa de ser mal interpretada e até mesmo de acharem que estou ganhando uns trocados a mais por debaixo dos panos, afinal, para quem foi chamada por um fake contratado de Cuca, velha de cabeça branca, jornalista ridícula, dizerem que agora que sou uma vendida, não seria de se estranhar, todavia, a grande maioria e é isso que conta, certamente verá nos escritos a seguir, apenas a cidadã Regina, feliz por ver a sua amada cidade levando um banho de melhorias, significando que muitos outros cidadãos, estão fechando o ano sem tantos transtornos no seu ir e vir.

O que não é o meu caso e tão pouco de meus vizinhos, que ano após ano, derrapa na lama, come poeira, divide espaço com o mato e convive intimamente com o lixo. Mas tudo bem, afinal, que culpa podem ter as administrações públicas se escolhemos morar no entorno da mais bela e extensa orla da cidade, onde os olhos dos turistas não alcançam e muito menos a população representa expressiva quantidade de votos. Somos raia pequena, sem votos, sem prestígios.


NA MENTE E NO CORAÇÃO...

Como uma sempre carioca, apesar de há muito ter me entregue sem reservas aos encantos baianos, não abro mão de um sambinha e nesta sexta-feira de quase Natal, foi assim que acordei, ouvindo Martinho da Vila e Roberta Sá, mesmo que em seguida, tenha optado por Tony Bennett e é exatamente sob o comando deste, que sem dúvidas é um dos meus favoritos que escrevo.

E aí, dou uma paradinha, afinal, o dia está começando a clarear e os pássaros já estão chegando e eu preciso recebe-los.

Pois é, depois de abrir oito janela, duas portas e apagar o holofote do portão, rotina dos meus amanheceres, percebo que  o tempo parece que parou, nem uma folhinha sequer se mexe e só percebo que a vida pulsa, pois, os pássaros estão cantantes se bem que também escondidinhos, diferentemente dos dias anteriores desta semana, onde as brisas mais pareciam ventos de tão agitadas.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

LEVES ASAS...

De repente, lendo um lindo texto de uma amiga do facebook, percebi que ainda precisava limpar mais o restante desse desejável caminho, neste percurso terreno, desapegando-me serenamente de tudo quanto, apenas eu venho retendo, como se segurasse pessoas e situações que de alguma forma me fizeram crer que, sem elas eu não conseguiria seguir viagem.
E aí, uma sucessão de rostos, emoções e sentimentos a elas ligados, foram desfilando em minha mente e quanto as situações, meu Deus, quantas que em suas épocas pontuais, pensei que não sobreviveria por estar perdendo-as, qual nada, cá estou, inteira, firme e ainda querendo evoluir nesta arte de vivenciar a bendita vida.


terça-feira, 20 de dezembro de 2022

BISCOITO DE COCO RECHEADO

E aí, estou aqui pensando e sorrindo que se na minha vida eu não tivesse encontrado o meu Roberto, provavelmente eu seria hoje, uma senhorinha solteirona, sem ter conhecido não só os prazeres do amor, como também, não teria me deliciado com a companhia de um ser humano, pelo visto, macho pra caramba, pois, reconheço que encarar a minha mente, jamais foi uma tarefa fácil.

Desde criança, sempre senti um certo receio nos garotos em relação a conviverem comigo e eu creio, que foi pela minha franqueza no pensar e agir que os assustava, se bem que Paulinho e Jeff até , ensaiaram , mas sabe, sou de uma geração “bolacha maria” que derrete fácil e é docinha, mas que na realidade, não tem sabor de absolutamente nada, além de farinha e açúcar, mas era assim que a coisa funcionava, tipo bonitinha, mas acima de tudo, se não fosse, precisava se parecer bobinha, burrinha.


O NATAL ESTÁ CHEGANDO

Faltam cinco dias, mas nem parece...

Realmente estamos vivenciando um clima natalino absolutamente fora dos padrões geralmente observados nos natais de outros tempos e se ainda restam resquícios, o mérito é apenas da mídia que insistente, mostra os shoppings com pessoas indo e vindo entre vitrines e decorações alusivas a ocasião, com um sempre Papai Noel entre falsa neve e um brilhante trenó, bem postado para emprestar sua imagem simbólica para o sempre encanto das crianças.

Afora estes apelos comerciais, tudo que se pode observar são pessoas com aparências exaustas, comprando para não ficarem a margem nas festinhas comerciais e finalmente, familiar, onde a troca de presentes é o momento máximo do encontro.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

ALÉM DO ARCO-ÍRIS

Não adianta eu querer disfarçar, pois, quem me lê com frequência, sabe de imediato os sentimentos que me movem, principalmente nos amanheceres, quando então, ainda estou sob efeito dos deliciosos sonos que por toda uma vida, jamais me falharam e de quebra, ainda me embalam em mantos suaves e livres de amor.


SIMPATIA É AMOR...

16/12/2022
Em diversas ocasiões em meus textos, ressaltei a importância do impacto positivo que um alguém pode causar em nós, não apenas em se tratando de interesse amoroso, mas em qualquer outra forma de aproximação, onde haja uma admiração que nos emocione, despertando em nós, o desejo de conhecer mais um pouco.
Pra mim e para Casimiro de Abreu, trata-se do despertar da simpatia que para ele, é quase amor, mas para mim, com certeza é amor e do grande e resistente, capaz de romper velhos tabus sociais que infelizmente, tornam-se barreiras intransponíveis ou distorcidos que impedem lindos e grandiosos relacionamentos humanos.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

No dia seguinte ao escovar os meus dentes diante do espelho, o que vi, me surpreendeu, era eu...

Eta menina bonita!!!!
Percebi em detalhes os meus dois olhos, um nariz e uma boca, cabelos e orelhas e, de repente estava sorrindo, fazendo caretas, mostrando dentes e lingua...
Compreendi que com os olhos eu enxergava, com o nariz eu sentia, com a boca eu comia e falava, com as orelhas eu escutava, com os dentes eu mastigava e até mordia, com a lingua eu determinava o meu paladar, mas foi com o cabelo que ornava o meu rosto, que me achei linda.
Olhei então para o meu corpo e me surpreendi com as pernas que me levavam aonde eu quisesse, assim como dois pés, firmes e resistentes que equilibram o meu corpo.
Pensei sorrindo...
Que lindeza que eu sou, afinal, se algum destes itens me faltarem, logo os demais o ampararão, numa parceria perfeita de amigos que se completam...
Pois é...
Lembro das palavras de minha tia Hilda, nos muitos passeios que fez comigo pelas alamedas da minha infância:
“Regininha, o que não enxergamos em nós, é o que determina, quem somos”.
E aí, entre um respirar e outro com meus olhos fechadinhos o milagre se fez, através dos muitos aromas que identifiquei, das muitas emoções que fui capaz de sentir, descobrindo fascinada os meus sentidos, complementos seguros de cada pedacinho de mim...
Como se tudo isso ainda fosse pouco, escondido em meio a olhos, nariz, boca, ouvidos e uma bela cabeleira, lá estava o cérebro, senhor maior de minhas atitudes, comandante dos meus quereres, amigo absoluto de mim.
Sou completa, uma máquina perfeita, uma ciência exata capaz de produzir emoções e sentimentos que me permitem dizer:
EU TE AMO
Texto extraído do livro infantil- VIDA- Regina Carvalho



terça-feira, 13 de dezembro de 2022

AMOR DIVIDIDO

13/12/2022

Faltam apenas dezoito dias para o ano terminar e é natural que se faça um pequeno balanço pessoal das perdas e ganhos e, é exatamente isso que faço agora, se bem que perdas, só mesmo parte das atenções de meu sabiá que ao enamorar-se provavelmente por outra que deduzo ser mais nova e viçosa ou quem sabe, em represália ao fato de tê-lo deixado por meses, para bordejar pelas bandas do sul... 

Vai-se saber...

A realidade é que já não o tenho dia e noite como dantes, e sinto falta até mesmo de suas crises de ciúmes, quando aborrecido, oferecia-me seus voos razantes, seus cantos agitados e barulhentos, interrompendo abruptamente minhas gravações e escritas, puxando para si, todas as atenções.

De outra, será de outra, como dantes de meus aconchegos?

Consolo-me com os assanhaços, bem-te-vis, rolinhas e canarinhos, mas confesso que o meu coração sofre em ter que dividir o sabiá que até então, era só meu...


segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

 MINHA VISÃO INFANTIL

Minha amiga Cida Paglarin de São Paulo que me acompanha muito de pertinho em meus escritos, incentivando-me e promovendo as edições de meus livros, sugeriu-me escrever mais para crianças, devido ao sucesso que o meu único livro infantil acarretou numa feira cultural sobre o meio ambiente, dirigida aos pequeninos em uma grande e importante rede de ensino paulista.

Fonte de Vida foi escrito ainda nos anos oitenta e curiosamente me surpreendeu, já que nunca antes, eu havia pensado sequer em escrever para o público infantil.

Incrível é que de todos os livros que já escrevi, foi justo através deste é que recebi por duas vezes em momentos distantes um do outro, significativas homenagens e agora, novamente, vejo-me envolvida num outro projeto de levar aos pequeninos mensagens que englobem os seus cotidianos, numa linguagem simples, mas impactante o suficiente para despertar-lhes interesses e consequente entendimento.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

PAIXÃO NÃO É AMOR...

Depois de ser abraçada por Deus, tomar meu cafezinho pingado, volto aos meus escritos pensando justo no amor e em todo o seu começo que é gostoso demais...

Particularmente cito a paixão em quase tudo que escrevo ou falo, aliás sem a bendita paixão que me caracteriza, nada, absolutamente nada eu teria escrito, mas é justamente por conhecer tão intimamente a paixão, emoção que alegra, cega e inebria que aprendi a diferenciá-la do amor.
A paixão extrapola qualquer razão, quebra todo e qualquer equilíbrio e dificilmente se mantém resistente para sustentar a grandeza de um amor que traz consigo o peso das realidades, o fardo dos diferentes, o lastro da rotina.
Paixão é luz das fogueiras que nos incendiam a alma, o corpo, esfumaçando a mente, enquanto amor é brasa que se não abanada, vai perdendo força e se apaga.
Paixão não é amor, mas amor não sobrevive sem paixão.
Paixão não necessita do amor para eclodir de dentro para fora, criando sensações inesquecíveis, mas o amor, ah!!, este, quando se instala é como se houvesse um encontro com o divino, onde o delicado, o sutil e o amoroso abraçam as emoções, trazendo para o todo das criaturas, o completo abraço de Deus.



quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

OLHAR MÁGICO DE DEUS...

07/12/2022
Depois de um longo período entre o Jazz e as músicas populares, compostas, cantadas ou interpretadas, onde invariavelmente inspirada por elas, deixei escoar meus sentimentos, nesta manhã meus ouvidos e alma, clamam por uma música clássica, combinando assim, com os cantos suaves que me chegam dos pássaros, lá do jardim.
Neste amanhecer, nem mesmo o sabiá está agitado, parece-me que a serenidade invadiu este pedaço da paz terrena que chamo de meu, mesmo sabedora de que nada tenho e que o tudo que me encanta e que teimo em reter como meu, pertence ao seu próprio tempo e espaço, sendo eu, apenas sua guardiã.
Vejo o assanhaço no beiral do telhado cantando suavemente como se acompanhasse os acordes do piano e penso em Deus e no quanto, ele me parece diferente da forma que é imaginado e de repente, sinto um prazer enorme em poder não só vê-lo, mas também ouvi-lo e acima de tudo senti-lo, ao ponto de dele extrair inspiração para descrever o meu absoluto encanto por este olhar que me é direcionado, neste encontro mágico.
Penso então, que deve ser assim que nascem os amores, resultado de instantes benditos entre vibrações que se eternizam, já que se inserem como energias vibrantes neste todo universal que chamamos de cosmos, levando-me também a imaginar que toda esta força amorosa se transforma em um simples e grandiosos olhar de Deus que vez por outra, transforma estrelas em artistas, fazendo deles, mensageiros do belo e do inusitado, só para que não esqueçamos o quanto somos capazes de criar e encantar, apenas deixando fluir o nosso prazer em ser um tão somente, brilho universal.
Um lindo e sereno dia para você que me lê.



terça-feira, 6 de dezembro de 2022

CAFONA, SIM SENHOR...

06/12/2022

Desde sempre gostei dos boleros que mesmo na minha adolescência já eram considerados um tanto cafonas, mas e daí, esse gênero de música sempre estimulou este meu lado romântico, utópico, remetendo-me a tórridas paixões e consequentemente, mantendo em mim, esse sentimento gostoso, essa sensualidade como imprescindível em minha própria vida e aí, como também sempre fui muito curiosa, em algumas ocasiões, paguei para ver se era possível, sobreviver as tantas emoções que uma grande paixão seria capaz de despertar e sobreviver em mim.

E aí, hoje diante de minha própria sobrevivência, serenamente posso constatar que para quem ousou escrever “Jesus e Eu,”na ousadia de expor-se ao ponto de em muitos capítulos se crer enlouquecida com as pessoais interpretações, testar em si paixões, foram apenas, laboratórios de testes e aperfeiçoamentos sensoriais, onde cada emoção sentida, foi laboriosamente dissecada na busca tenaz de tão somente, conhecer a bendita essência e sua resistência existencial.

Loucura, insensatez, devaneios de uma mulher ou tão somente, um ser humano que desde a infância descobriu o quanto precisava desvendar de si mesma?

Nesta caminhada de buscas, perdas e ganhos emocionais, o melhor de tudo é estar aqui e agora, sorrindo, leve e solta, deixando o que sobrou falar por mim...

Cafona, sim senhor, mas capaz de sentir cada sensação na pele e na alma, tendo-as transformado uma a uma em néctares de vida e bendita liberdade, finalidade única de me sentir existindo.

Não me copiem, apenas deixem-me estimulá-los a buscarem suas próprias descobertas...

Cafona.?.

Sim senhor, mas absolutamente apaixonada...




segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

AO MESTRE COM CARINHO

Três botões de rosas que surgiram e desabrocharam praticamente ao mesmo tempo, como se houvesse um acordo pré-estabelecido para que, ao vê-los, minha surpresa fosse ainda maior.
Assim é a vida que se apresenta dividida em três tempos: o nascer, o vivenciar e o morrer.
A base de todos os meus estudos tem como propósito levar a criatura humana a buscar o equilíbrio, na aceitação da morte para que esta compreensão, consiga induzi-lo a uma vivência mais plena quanto ao reconhecimento desta sua presença na vida e no quanto ela é vulnerável e finita.
Quanto maior é o entendimento e aceitação da finitude, maior é o respeito ao momento presente, aos instantes que o forma e o qualifica.
A criatura que consegue este grau de compreensão respeitosa de seu tempo, reconhecendo a certeza de seu fim, que pode ser em qualquer desses instantes, não se permite maculá-los, destruí-los em nome de absolutamente nada.
Além disto, a criatura se torna um ser mais forte, mais objetivo e, acima de tudo, incapaz de aceitar algo ou uma situação que possa estragar ou destruir o tempo que ainda lhe resta.
Ela simplesmente se torna amorosamente seletiva, não permitindo invasões que reconhece serem inúteis, tornando-se uma criatura mais coerente, mais sensata e muito mais respeitosa com os instantes dos demais, sejam humanos ou não.


MUNDINHO DE MERDA OU FULEIRAGEM EMOCIONAL?

Dando continuidade a este amanhecer ensolarado, mesmo ciente de que logo, a chuvinha insistente de dezembro estará protagonizando o restante do dia, permaneço fiel as minhas escritas, caminho que encontrei para escoar o tudo de bom e também de decepcionante que vislumbro em mim e assim, ir pouco a pouco ou texto a texto, limpando-me dos ranços que fui absorvendo ao longo destes 73 natais, onde em grande parte deles, fui uma tremenda filha da puta, crendo que poderia subornar a Deus com pontuais atenções, garantindo a minha universalidade num tal céu que inventaram para ver se esta humanidade naturalmente sacana, frearia seus ímpetos anarquistas.

Pois bem, cá estou pelo vigésimo ano, ainda tendo o que expurgar deste manancial de merda que crera ser bacana e promissor, afinal, quem não disfarça o medo de morrer, acreditando numa vida além da vida, num céu colorido e belo, onde a paz faz morada?
Para adentrar nele, fazemos qualquer coisa, desde que seja em datas pontuais, pois, no restante do tempo, estamos sem tempo e muito ocupados em vivenciarmos o inferno dos nossos quereres que insistimos em classificarmos como necessidades.
Quem já não disse a si e aos demais:
Estou cansada, mas não posso parar...
E aí, a morte traiçoeira sem aviso prévio aparece e pimba, resolve tudo num só instante e incrível, nada para e tudo segue caminho sem que precisemos estar presentes para comandar o trio elétrico dos absurdo.


VAZIO EXISTENCIAL= CARÊNCIA DE TODOS OS NÍVEIS

Neste sábado que amanheceu ensolarado, mas que em seguida a chuva se apossou como protagonista, sem no entanto, conseguir expulsar o meu safado sabiá que por aqui permanece vez por outra, dando sinais de sua presença o que me envaidece, afinal, nesta manhã que já se encaminha para o início da tarde, ele, o meu amorzinho, decidiu permanecer ao meu lado, enviando-me suas benditas vibrações que combinam incrivelmente bem com as músicas que ouço, por escolha pessoal ou por ter sido presenteada por adoráveis amigos que sempre acham um tempinho para me mimarem.
E aí, uma certa amiga e provavelmente não deve ser a única pessoa que me imagina carente e solitária, necessitando da aceitação dos demais para não definhar de tédio. Creio que devo transmitir essa ideia, já que são constantes os meus textos singelamente amorosos e minhas mensagens de elevação da autoestima, no entanto, ao contrario de contestar, aplaudo a astúcia da querida amiga, confirmando que sou sim, muito carente emocionalmente como a absurda maioria das criaturas humanas, tentando a cada instante, preencher o vazio existencial que nos caracteriza, já que as dores sociais, sempre nos rondam em cobranças contínuas, sobre tudo que deveríamos ser, ter e fazer.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

MANOTEIRA

Pois é...

Este foi o elogio que recebi durante os anos em que convivi com uma das irmãs de meu marido por ela achar que o meu jeito de ser e agir, era muito esquisito para os seus padrões de enrustida assumida e de mal com a vida.

Ela sempre encontrava um meio de fazer críticas, assim como por alguma razão que eu desconhecia, esmerava-se em parecer sempre melhor e mais adequada em tudo. Eu era, digamos, uma coitada...

A priori eu não revidava as agressões travestidas de uma aparência corretiva, todavia, confesso que por dentro sofria.

Dentro de sua forma em conduzir a própria vida, a espontaneidade, a realidade, a franqueza, só apareciam se fossem para como um machado afiado, ceifar o que para ela, não era adequado, nos outros, é claro, até porque, a severa criatura se achava a última bolacha do pote.


TUDO POR AMOR

 "Não se trata de renunciar as benditas perspectivas e muito menos ao tudo de bom que o sistema e a convivência podem oferecer e sim, desenvolver a capacidade em avaliar as condições que são impostas e seus possíveis efeitos, a fim de usufruirmos do objeto ou situação desejados, seja material ou não, sem que os mesmos sejam nossos contínuos carrascos".

Creio que depois de muito pensar, percebi que na realidade ao deixarmos adentrar em nós a vontade pessoal em vivenciarmos a vida mais suavemente, por compreender a grandeza da mesma e o privilégio em tê-la pulsando em nós, firmamos um contrato de fidelidade com o até então, maleável e subornável racional, e a partir daí, os adendos complementares passam a serem criteriosamente avaliados por uma poderosa equipe interna de neurônios que se encontravam subutilizados e que, aliados aos incríveis sentidos que ao reviverem vigorosos, depois de terem estado em contínuos vícios avaliativos, tomam o protagonismo de nossas primeiras impressões, quanto as ações e reações nossas e do tudo mais, como duas margens arborizadas que asseguram os nossos percursos sem transbordamentos totalmente desnecessários e danosos, cujos preços cobrados, aí sim, assustadoramente caros e que, geralmente, não temos como pagar que não seja, entregando a nosso equilíbrio, a nossa razão de escolha e o nosso amor que se confunde por todo o tempo, também geralmente, nos induzindo a aceitar o que se apresenta, como se nada mais justificasse alterações.
Esta realidade, pode ser constatada por todo o tempo em qualquer lugar, se atentos estivermos para observarmos a tristeza reinante que só é quebrada em momentos pontuais e com a ingestão de algum aditivo estimulador, como se estar feliz, sorridente e totalmente realizado, dependesse disto e daquilo externo que produza efeitos visuais a si e aos demais.
Parte do livro "TUDO POR AMOR"- Regina Carvalho-2022



quarta-feira, 30 de novembro de 2022

CHEGUEI, CHEGANDO...

Meu amigo e parceiro Sabiá, foi o primeiro a se anunciar, trazendo consigo uma legião de outros, mesmo que o dia de hoje, sequer tenha clareado. 

Isso é que é recepção matinal!!!

Na tardinha de ontem, logo na chegada em Ponta de Areia, avisto a amiga Lucinalva, caminhando e aos nos enxergarmos, os braços amigos se abriram num caloroso e demorado abraço, sacramentando assim, a certeza de que finalmente, estou em casa.

Todavia, a recepção só se complementou, quando ao chegar literalmente em minha casa, ainda na varanda, outros benditos braços me aconchegaram, afinal, era a minha amiga e vizinha há mais de vinte anos, Reinalice que, carinhosamente chamo de meu anjo da Guarda.


sexta-feira, 25 de novembro de 2022

ALMAS SEM AMARRAS...

O amanhecer está ensolarado e abusadamente musical, afinal, enquanto lá fora os pássaros desempenham seus cantos com harmonia, numa orquestra sem aparente maestro, cá estou com fones de ouvido, curtindo um saxofone e um piano que juntos, numa sincronia perfeita, atravessam meus tímpanos e adentram por todo o meu ser.

 Este compasso suave, me faz vez por outra fechar os olhos e parar de escrever, a fim de sentir a melodia ir percorrendo os filamentos do meu corpo, levando-me a provar mais uma vez o que talvez, seja uma forma de meditação.


quinta-feira, 24 de novembro de 2022

BEIJAR É BOM DEMAIS...

Hoje acordei assanhada e só pensando nos ardentes beijos que dei e recebi ao longo de minha vida, desejando que a humanidade compreendesse o quanto, beijar e ser beijado alivia todo e qualquer peso que o simples cotidiano é capaz de impingir, tirando de cada pessoa o brilho que a priori deveria se refletir no tudo mais.
Pessoas beijadas e beijoqueiras com certeza, são mais amorosas para se conviver, até porquê, são mais francas e geralmente, bem mais autênticas, às vezes, podendo até, assustar aos pouco habituados a uma afetividade mais explicita.
Penso então que o universo para comemorar esta minha disposição a escrever sobre o beijo com o único intuito em estimular o carinho entre as pessoas, resolveu deixar o sol aparecer e fazer brilhar o horizonte, aquecendo esta cidadezinha linda, mas sem muitas pessoas para eu beijar e ser beijada como acontece em minha amorosamente gostosa Itaparica.
Mas dona Regina, neste aspecto a senhora não está contando nenhuma novidade, afinal, a cidade pode estar explodindo merda para todos os lados que a senhora estará dizendo que ela é o celeiro da paz...
Nos poupe, pelo amor de Deus...
Me poupe você, “razão traiçoeira” que está sempre se intrometendo onde não deve...
Poxa, a visão amorosa é minha, assim como a forma com que eu dou e recebo dela as maravilhas que descrevo, afinal, morrerei acreditando que recebemos na medida em que oferecemos e cá pra nós, recebo pra caramba e acredito que também ofereço o melhor de mim, principalmente, quando estou nos braços das marolas das águas mornas e mansas de Ponta de areia, onde carinhosamente renovamos o amor que nos une a cada amanhecer.
O que eu sei é adoro beijar e ser beijada e não me faço de rogada...



terça-feira, 22 de novembro de 2022

CACHOEIRAS QUE DESAGUAM EM MIM, EM TI...

Nesta manhã, depois de ter tido um dia de ontem repleto de emoções, acordei com o coração abastecido e talvez, por esta razão, o meu lado questionador entra em cena com dois questionamentos que se resumem em duas palavras: Merecimento e evolução.
Durante décadas, essas foram as palavras que me instigaram muitíssimo a querer desvendar estes mistérios que a ciência explica e as religiões também, mas que não satisfizeram a mim, ficando por todo o tempo uma lacuna, afinal, como saber ser merecedora para um Deus com o qual, só falava comigo através de terceiros e da Bíblia que foi escrita por homens.
E quem não sabe que a criatura humana é criativa e adora colocar o seu toque pessoal, seja lá no que for?
Blasfemando logo ao amanhecer, dona Regina?


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

INFINITO PARTICULAR...

De repente me dei conta, olhando para um marzão diante de mim que, existem muitas curiosidades a serem descobertas ainda em mim que eu, poderia supor.
Afinal, depois de tantos mergulhos, alguns tão profundos que receei em alguns momentos, não ter forças para emergir, com certeza é surpreendente, ainda ter o que encontrar nestas minhas profundezas.
E não é que tem...
A razão é que a cada dia que se vive, novas experiências também são vivenciadas e de cada, sorvemos e distribuímos sentimentos, emoções e querendo ou não, somos contaminados e aí, se não houver uma varredura cotidiana, lá se vão acumulando poeiras e detritos que nublam os olhos, impedindo-os de paulatinamente enxergarem o tudo de bom que uma casa limpa e arejada pode oferecer em conforto e satisfações.
Na verdade, dá um pouquinho de trabalho, mas vale o prazer que proporciona a leveza de nosso próprio ser.
Insisto que não é filosofia e tão pouco, postura de quem tem tempo sobrando, apenas, um pequeno exercício cognitivo que pouco a pouco, vai se refletindo no tudo mais a partir de nós mesmos.
Confesso que no início pode assustar, até porque, bom mesmo é observarmos as posturas alheias, assim nos disfarçamos, mas com o passar do tempo, tudo vai se tornando automático, independentemente da disposição pessoal, bastando um detalhe para que o mergulho aconteça nas águas rasas ou profundas de nós mesmos.
E aí, como ocorreu comigo na tarde de ontem, deixei-me navegar nas águas do infinito de mim mesma.



ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...