Não adianta eu querer disfarçar, pois, quem me lê com frequência, sabe de imediato os sentimentos que me movem, principalmente nos amanheceres, quando então, ainda estou sob efeito dos deliciosos sonos que por toda uma vida, jamais me falharam e de quebra, ainda me embalam em mantos suaves e livres de amor.
E nesse plainar das madrugadas, inspiro-me nos fatos corriqueiros que a maioria desconsidera, crendo serem bobagens ou tabus, mas não para a dona Regina, que não perde uma só oportunidade em abastecer a mente, só com o que é bom, já que inevitavelmente, o ruim, o chato e o desnecessário, podem aparecer, nem que seja para bater na porta e depois, desaparecerem, sem sequer dar um até logo, geralmente, deixando como legados, verdadeiros infernos astrais.
Com certeza, você também já acordou tranquilo e de repente, "pimba", lá vem uma aporrinhação sem pedir licença.
Não é verdade?
Baseada nesta certeza incontestável, fui aprendendo a manter abertas as portas e janelas do bom e do saudável, pois, só assim, as “porras” do dia a dia, não me aborrecem mais que o espanto inicial.
Claro que tem dias como o de hoje, em que o mundo pode explodir, que eu estarei sorrindo numa boa e foi assim a vida inteira, a ponto de minha filha no aborrecimento de sua adolescência que ainda, vez por outra aflora, me apelidar de “Dona Feliz”, não que eu fosse como uma alienada idiotizada, apenas, tirar-me do sério, bastava e ainda basta uma palavra, mas também para equilibrar-me, bastam poucos instantes, onde a razão se impõe, alisando-me para me lembrar que não posso abalar o meu bem estar, afinal, tudo passa, menos os danos que causamos ao nosso todo de criatura humana, com um apenas descontrole emocional.
Ela talvez, seja a única pessoa capaz de vez por outra, ainda me tirar do séria, mas convenhamos ela se doutorou em testar-me e eu em resistir-lhe.
O que não deixa de ser uma espécie de reciclagem e com isso, também ela está estruturando seu amor próprio em fortes e resistentes rochas. Nós duas, somos páreos duros de serem encarados, talvez por esta razão, nos damos tão bem, somos a cocó e a ranheta que se amam além do arco-íris.
Portanto, os acontecimentos que fariam destruir sentimentos e toda uma estrutura tenazmente construída, se manteve cada vez mais forte, sem hipocrisias ou camuflagens, tanto na vida dela, como na minha, porque, houve sempre a certeza de que, o nosso bem-estar valia mais que todas as indiferenças, traições e abandonos que as convivências podiam produzir.
E aí, não dependemos de nada e nem de ninguém para sorrirmos e estarmos sempre prontinhas para vivenciarmos o tudo de bom.
E como tem coisas boas, meu Deus!!!!
Não deixamos passar, uma sequer...
Não é mesmo minha neguinha???
Simples assim...
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