Durante anos a fio, venho escrevendo sobre a ligação que é possível de se ter com as forças cósmicas, num intercâmbio vibracional de energias inteligentes, sem a este conhecimento que fui descobrindo em mim lentamente desde a infância, sem no entanto, jamais ter dado a este fenômeno absolutamente natural um nome específico ou relacionando-o a qualquer manifestação religiosa o que sempre foi ponto de algumas polêmicas entre amigos mais íntimos que insistiam tratar-se de incorporações mediúnicas.
Como sempre levei ao pé da letra a afirmativa; Só sei que nada sei” supostamente dita pelo filósofo Sócrates, optei em não criar discordâncias, afinal, pelo menos para mim, estas manifestações tão presentes em minha vida eram e são até o momento, extremamente gratificantes e me permitem por todo o tempo, usufruir de uma mais que sensação, porque é real e palpável no meu todo de criatura humana.
No entanto, há poucos dias nas minhas incansáveis buscas por conhecimentos variados, deparei-me com um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado, denominado sincronicidade e aí, senti-me confortável, pois as teorias do referido mestre da psicologia, coadunava-se com as minhas visões.
Jung observou que algumas situações coincidentes de um ou mais acontecimentos eram mais do que probabilidades de acasos. Eram na verdade, acontecimentos simultâneos sem relação de causalidade ou lógica de tempo e espaço. E que de alguma forma, transformava a vida dos envolvidos. Com isso, chegou à conclusão de que a sincronicidade mexe com as emoções e gera mudanças no estado de consciência do indivíduo. Ou seja, a sincronicidade resulta em uma transformação pessoal.
De acordo com Jung, sincronicidade se refere a acontecimentos que acontecem simultaneamente no interior e no exterior. Mas, sem ter entre si uma ligação passível de explicação racional. Porém, deve fazer sentido para aquele que observa. Após muitos estudos, Jung percebeu que existe uma ligação entre o indivíduo e o ambiente em torno dele, o que favorece as circunstâncias coincidentes, criando um valor específico e um sentido simbólico.
Dessa forma, diferentes eventos podem estar ligados pela causalidade e também pelo significado. No entanto, eventos quando ligados pelo significado, não há a necessidade de explicação sob o viés da causalidade. Portanto, a sincronicidade aparece como uma solução que estava ali guardada o tempo todo dentro da mente do indivíduo e que irá influenciar a tomada de sua decisão.
Em suma, para que a sincronicidade aconteça é necessário que seja fruto do inconsciente coletivo, que é um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade. Pois, os seres humanos estão interligados e interconectados o tempo todo.
Na minha santa ignorância cria sinceramente que na realidade eu não era um serzinho normal, pois, era capaz de ler as mensagens do universo, fazendo dos agentes da natureza pontes entre o universo e eu.
Todavia, agora compreendo que por manter uma atitude leve e relaxada com relação ao mundo e o que nele acontece, a sincronicidade simplesmente aconteceu naturalmente. No entanto, há aqueles que criticam a teoria, afirmando que na verdade, não há uma ferramenta de confirmação que apoie este conceito, assim, sem comprovação do fato em si.
Contudo se não é possível provar a existência de uma força universal superior, também não é possível negar sua existência. Portanto, em ambos os casos a confirmação comprobatória reside unicamente no bem estar daqueles que aderem à ambos, pois, as transformações são visíveis e absolutamente palpáveis em suas vidas.
Então, nesta última terça-feira do ano de 2022, apago o complexo de alienada, meio louca e assumo que até então, eu navegava e certamente navegarei, até o final de meu tempo terreno, nos mares da Santa ignorância, a cada dia, descobrindo mais algum detalhe desta incrível vida e suas ligações aparentemente inexplicáveis.
BOM DIA DONA REGINA ... Dá um tempo, pense por exemplo na festa da virada...
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