Esta manhã de terça-feira, está indo embora rapidinho, como se estivesse com pressa e de repente está, afinal, faltam apenas quatro dias que amanhecerá como representante matinal de 2022, portanto, deve estar ansiosa para vestir-se de manhãs de 2023 e eu, sem pressa alguma, ouço músicas, escrevo textos e como uma feliz vagabunda assumida, vez por outra aprecio o sol que insistentemente doura as copas dos limoeiros, da mangueira, dos lírios e do tudo mais que adorna o meu singelo quintal, fazendo dele meu paraíso de onde extraio minhas inspirações e onde guardo entre os seus aromas naturais os meus sentimentos.
Eita criaturinha esquisitamente apaixonada, incapaz de deixar passar batido os sinais que também insistentes se mostram explícitos, levando-me aos delírios emocionais em forma de composições textuais de forma compulsiva, as vezes, confesso, até mesmo me assustando como se assim como está manhã que chamou a minha atenção, também eu esteja alucinadamente querendo chegar a um novo ano pra ver o que ele apresentara só pra mim, num egoísmo feio de ser confessado, mas real, o que posso fazer, além de tentar engambelar minha ansiedade, agarrando-me como uma naufraga a esperança de ainda ter um tempo razoavelmente longo, para que eu possa usufruir sem medidas, mais um novo ano desta vida que me fascina.
Agora, se vinho eu tivesse em casa, esqueceria que ainda estou numa manhã apressada e ergueria um brinde ao tudo que ainda quero vivenciar, crendo que por ser minha vontade imensamente forte, o tudo projetado, se realizará. Por que não, afinal, o ditado popular não garante que “querer é poder”.
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