segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

 MINHA VISÃO INFANTIL

Minha amiga Cida Paglarin de São Paulo que me acompanha muito de pertinho em meus escritos, incentivando-me e promovendo as edições de meus livros, sugeriu-me escrever mais para crianças, devido ao sucesso que o meu único livro infantil acarretou numa feira cultural sobre o meio ambiente, dirigida aos pequeninos em uma grande e importante rede de ensino paulista.

Fonte de Vida foi escrito ainda nos anos oitenta e curiosamente me surpreendeu, já que nunca antes, eu havia pensado sequer em escrever para o público infantil.

Incrível é que de todos os livros que já escrevi, foi justo através deste é que recebi por duas vezes em momentos distantes um do outro, significativas homenagens e agora, novamente, vejo-me envolvida num outro projeto de levar aos pequeninos mensagens que englobem os seus cotidianos, numa linguagem simples, mas impactante o suficiente para despertar-lhes interesses e consequente entendimento.


Esse é um projeto que ainda não tem nome e tão pouco um tema específico e que precisa ser desenvolvido concomitantemente com outro que denominei de TUDO POR AMOR, que já venho produzindo há algum tempo e que narra o meu universo em forma de crônicas diárias, o que me é relativamente fácil, por ser este o estilo que sempre empreguei em meus escritos pessoais e profissionais.

Todavia, conjuga-los com poemas infantis e que ainda se prestem a uma musicalidade como ocorreu com Fonte de Vida, não sei não...

Afinal, eu era jovem, cercada do frescor da juventude, tendo um filho de 8 anos como inspiração e possuindo um mundo de perspectivas...

Mas agora, com as madeixas embranquecidas, serei capaz?

Não sei sequer por onde começar, pois são tantas as informações que nossas crianças já recebem em formas, cores e sons que, de repente incrédula, penso que nada mais parecerá novidade.

Serei capaz de voltar a adentrar nestas mentes ingenuamente brilhantes, escrevendo um óbvio que lhes cause incríveis e surpreendentes espantos, tal qual, lembro-me de ter sentido quando, sentadinha à beira do riacho em Guapimirim, tentava com a pontinha dos dedos, alisar as piabinhas que mordiscavam minhas perninhas e que de tão surpreendentes, tornaram-se eternas em minhas lembranças?

Pelo menos preciso tentar, afinal, de repente, a menina que residi persistente em mim aflora poeticamente, deixando singrar pela minha mente, as belezas da vida com as quais, meu próprio mundo de criatura humana se formou...

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