Neste meio da tarde, ouvindo Elvis Presley em especial esta belíssima canção, escrita com sensibilidade, desenhando em palavras e notas musicais, exatamente como deveriam ser, não só os romances, mas o convívio humano e sua atenção ao tudo mais.
É tão mais fácil o convívio harmonioso, deixando escoar de cada pessoa, o seu melhor em pequenas atitudes que solidificam a paz, a confiança, o carinho, as afeições e principalmente o respeito.
Se ao cuidarmos de um jardim, um canteiro ou apenas um plantinha num singelo vaso, cada qual, nos devolve em belas texturas, deliciosos perfumes e até, em sabores únicos, o que dirá o ser humano, capacitado com espírito e alma?
O retorno sempre nos chega, mesmo que através do jardim do vizinho ou de um desconhecido qualquer, porque, ao doarmos o melhor de nós, mesmo que direcionado a um alguém, o universo sempre atento, agarra no ar e o distribui através de suas benditas vibrações, sendo acolhido por uma legião de energias, cuja função é a de retornar ao ponto de origem o amor oferecido.
E assim como o amor, estas mesmas energias fazem retornar, o ódio, a indiferença, o desamor.
Nada passa banalizado neste ciclo ininterrupto de vida, onde tudo é levado em consideração, tudo tem endereço de envio e de retorno.
E aí, penso em ti, criatura amada e agradeço em versos.
Tu me amas com a ternura de um beija-flor que não leva consigo a flor, sorvendo apenas o seu néctar.
Amo-te como uma borboleta que não faz ruído, não chama atenção, mas ao pousar seja lá aonde for em ti, completa o quadro do perfeito amor.
Tu me amas como se tivesses a poderosa vibração de uma cigarra, os aromas das frutas maduras do verão, as águas cristalinas das cachoeiras, deixando sair dos teus poros, a doce ternura da tua essência.
Amar-te-ei sempre como uma afoita e livre sabiá, esperando de ti, apenas um cantinho quente e seguro na morada bendita do teu coração, para repousar em cada estação, o meu frágil ninho...
Nenhum comentário:
Postar um comentário