Neste instante, a música que ouço, vem através da chuva que cai abundantemente lá fora, encharcando o gramado, fazendo beber as plantas que agradecem, postando-se mais pungentes em suas colorações e os aromas da grama, terra e das variedades de frutos e folhas, se confundem, criando um perfume raro que só os atentos, são capazes de sentir.
Chove lá fora, quebrando o silêncio que predomina este pedacinho de mundo, me fazendo fechar os olhos ao me recostar no espaldar da cadeira, sorvendo toda esta maravilha que me envolve.
Os pássaros se calaram, receando como também o sinto agora, as estridentes trovoadas que riscam o céu.
Aos poucos a chuva lá vai diminuindo, abrindo espaço para o retorno alvoraçado deste viveiro a céu aberto que chamo de meu, mesmo sabendo que ninguém tem nada, somos apenas inquilinos desta terra bendita que nos abriga e nos prepara para convivermos com a universalidade que nos espera.
A chuva rega e lava lá fora e a mim também...
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