domingo, 5 de fevereiro de 2023

FAZENDO AMOR...

Acordei pensando que minha animação em acordar é o sintoma mais acentuado de minha sede em viver, o que não necessariamente significa pressa ou compulsão em fazer isto ou aquilo, como se o mundo fosse acabar em minutos, atitudes reconhecíveis em um número expressivo de pessoas que, mesmo não precisando, ligam seus motores pessoais e saem atropelando a si mesmas, querendo tudo vivenciar, tudo resolver, como se fossem insubstituíveis.


Na pressa ou compulsão de tudo viverem, não sentem a vida, deixando-a passar sem observá-la nos seus impressionantes detalhes que fazem toda a diferença no contexto geral, seja de um dia ou de uma vida inteira o que dá na mesma, afinal, pode-se viver instantes que se equivalem a um farto e caudaloso rio de emoções.
Provavelmente por ter estado muito atenta a esta belezura de vida, fui por ela seduzida e aprendi a amá-la demais e aí, pressa pra quê, se posso ir sentindo-a bem devagarinho, o que se adequa ao tudo que nela está incorporado.
Sem pressa, mas em contínuo caminhar, posso apreciar este domingo de fevereiro ir nascendo e ocupando seus devidos espaços, abrindo-o para um tudo mais que o acompanha fielmente como por exemplo, o despertar compassado dos pássaros que um a um, com cantos variados, dão sonoridade ao novo dia.
Como estou atenta, posso fechar os olhos e deixar a brisa marinha ir se chegando safada, arrepiando meu corpo, despertando os meus sentidos e é claro, fazendo minha mente pensar nas loucuras de deliciosos toques amorosos e como uma pessoinha muito imaginativa, relaxo e me deixo acariciar sem qualquer frescura ou constrangimento, afinal, é a vida gostosa que está me possuindo em meio a um jardim repleto de sensualidade. E o sol, ainda nem apareceu.
Que encontro extraordinário...
Viu!!! Quando se acorda disposta e não com pressa, fazemos até amor com a vida em meio a própria vida.
Bom dia!!!

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