Ao longo de uma vida, onde na maior parte do tempo escrevi direcionando cada palavra para os outros, fui desde o início procurando ter primeiro coerência com a minha forma de ser e agir e concomitantemente, buscando manter um profundo respeito a todo aquele que viesse a me ler, tentando evitar um afrontamento deliberado e consequentemente sem sentido, afinal, sou uma pessoa e não uma metralhadora desgovernada, atirando para todos os lados.
A vida sempre me pareceu tão bonita e o ser humano tão absurdamente completo, que eu não poderia conscientemente, invadi-los com palavras e intenções ofensivas.
Como cronista, habituei-me a observar os comportamentos cotidianos, analisando-os, não como senhora das verdades absolutas, mas calcada no que sempre me pareceu, nobre e justo, buscando a cada instante, isolar minhas preferências pessoais, mesmo reconhecendo ser muito difícil a isenção total, afinal, sou humana e sensível aos gostos pessoais e, justamente por ter noção bem clara desta realidade, sempre latente em mim mantenho o equilíbrio, quanto as criticas e os aplausos, consciente que mesmo agindo assim, muitas vezes, não serei compreendida.
Para mim que percorri como a maioria, todos os caminhos vivenciais, sem proteções extras, necessitei e até o momento busco aperfeiçoamento ético, afim de manter o respeito que devo primeiro a mim e em seguida a todos que me leem.
E nesse percorrer de vida registrando-a a cada momento, as infinitas emoções me rodearam, afinal, fui aprendendo passo a passo a ser grata aos elogios e aos contraditórios, porque a eles devo tudo, já que um enternece o meu coração, alimenta a minha natural vaidade, estimulando-me ao contínuo aperfeiçoamento e o outro me mantém em alerta, quanto a necessidade de me colocar no lugar do outro, não deixando que o orgulho e a vaidade, ceguem a empatia que com ela traz a amplitude da visão, além de mim.
E com toda a sinceridade, afirmo neste texto que estou muito feliz, só em pensar que o meu Paraíso aos pouquinhos, até o próximo domingo, voltará a ser a nossa Itaparica, apaixonadamente encantada, finalmente livre de tanta gente, tantas músicas escalafobéticas, tato lixo extra, tanto de tudo que verdadeiramente, não precisamos para vivermos e sermos apenas, felizes.
Espero que toda esta invasão colorida e musical, tenha sido boa para os comerciantes e hospedeiros, assim, como para todos que gostam e não abrem mão de curtirem uma animada folia.
Mas que para mim é como um saco de batatas quentes, que preciso tolerar por sobre a cabeça por quase uma semana, juro por Deus que é...
Bom dia, sem confetes e serpentinas, mas com muito amor...
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