De tudo que me foi ensinado, certamente o respeito ao outro, foi a disciplina mais constante e imprescindível, o que necessariamente jamais se restringiu a outro ser humano, mas ao tudo mais com que eu convivia, inclusive com o lixo.
Pensando nisto mais adiante, quando, eu já estava crescida o suficiente para traçar comparações e para extrair a lógica desta convivência, me foi possível compreender a extensão da lucidez existencial, daqueles que foram responsáveis pela minha formação.
E a exemplo deles, segui a vida aplicando e aperfeiçoando estes ensinamentos, não sem tropeçar aqui ou acolá, devido a força as vezes brutal do sistema que, muitas vezes nos leva a crer que não seremos fortes para resistir.
O outro é fundamental nas nossas vidas para que estas, não percam a originalidade, criatividade e tudo quanto de afim, estabelece em nós, um caminhar mais autêntico e consequentemente mais prazeroso. Afinal, nada de verdade absorvemos, se não sentirmos uma ponta de prazer, pois é esta emoção que nos motiva a seguir adiante com qualidade e não apenas por hábito ou por acharmos que não podemos fazer diferente.
Sempre podemos fazer diferente, dependendo tão somente do quanto, estamos dispostos a investir, seja numa mudança de estilo de vida, seja na compreensão em relação ao outro, seja no entendimento da vida como um todo.
O que é lamentável é seguir vivendo no mundo das sombras, onde o desejado, nunca se torna palpável e verdadeiramente vivenciado, abrindo espaço para as frustrações, ansiedades, competitividade, compulsividades, doenças e muitas vezes a morte súbita.
Podemos ser e ter tudo que sempre desejamos, desde que saibamos estabelecer limites, para dar espaço ao tudo mais que nos traz gozo, exatamente para que possamos usufruir o já conseguido de forma serena, caso contrário, passamos a vida buscando e jamais vivenciando.
E o outro, seja humano ou não, jamais será sentido, valorizado e absorvido em toda a sua real importância, no complemento de nossa própria existência...
Pense nisso...
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